Projeto Alegres Bandos segue animando os sábados pré-carnavalescos.
Blocos líricos se encontram com o público e festejam presença das crianças.
Francisco Irineu, do bloco O Bonde, cumprimenta
pequena foliã (Foto: Katherine Coutinho / G1)
Foliões de todas as idades se reuniram neste sábado (12) no Parque Dona Lindu, na Zona Sul do Recife,
para o encontro de blocos líricos do projeto 'Alegres Bandos'. Nem
mesmo a chuva que caiu no fim da tarde desanimou os foliões, que
cantavam em coro canções tradicionais, como o hino dos blocos Batutas de
São José e Madeira do Rosarinho, entre outros.pequena foliã (Foto: Katherine Coutinho / G1)
O acerto de marcha desta tarde contou com a participação dos blocos Amante das Flores (Camaragibe), Trupe Lírico-Musical Um Bloco em Poesia (Recife) e Bloco Flor da Lira de Olinda (Olinda), em homenagem aos blocos O Bonde, Bloco Cordas e Retalhos e Bloco das Ilusões.
O aposentado Diógenes Ramos e a esposa, Iraci Maria, acreditam que frevo é para ser dançado a qualquer hora. "Folião é assim mesmo, faça chuva, faça sol, estamos dançando", explica Diógenes. "Não tem nada melhor que frevo de bloco. Por mim, passava o ano inteiro dançando frevo", defende Iraci. "Eu morreria se não pudesse dançar frevo, é a minha vida, realmente amo", declara-se a professora Raquel Eduardo.
As amigas Daniela de Melo, Poliana Diniz e Tatiane de Fátima também enfrentaram o mau tempo para se divertir. "Eu gosto mais de frevo de bloco mesmo, não podia perder a oportunidade", diz Daniela. "É a nossa cultura, podia ter mais durante o ano", defende Tatiane.
A folia deste sábado reuniu diferentes gerações. O oficial de Justiça Gláucio de Aquino levou as filhas, Letícia, de 7 anos, e Luiza, de 2 anos, para brincar no parque, mas as duas só queriam saber de ficar próximas aos blocos. "Luiza chorou quando tentamos ir embora", conta Gláucio.
A pequena Luiza conquistou foi o funcionário público Francisco Irineu, que faz parte do bloco O Bonde e, mesmo todo paramentado, fez questão de se abaixar para falar com a menina. "Esse contato com as crianças garante que o frevo siga para as próximas gerações. É a cultura que se renova, se recria, ainda mais agora que o frevo é patrimônio imaterial da humanidade", acredita Francisco.
A psicóloga Ana Paula Tenório Cardoso fantasiou a filha, Camila, de 2 anos, para ver o encontro. "Levo desde que ela era ainda menor, ela adora. Tem que acostumar desde novinha mesmo", defende Ana Paula.
A pequena Camila Cardoso curte o carnaval desde pequena, já fantasiada (Foto: Katherine Coutinho / G1)
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