Em PE, usuários estão insatisfeitos com serviços de planos de saúde

ANS suspendeu planos de sete operadoras do estado.
Especialistas dão dicas de como proceder na hora de contratar plano.

Do G1 PE

Ter um plano de saúde é o desejo de muita gente que quer ter segurança na hora de precisar de uma consulta ou de um hospital. Mas a cada dia surgem casos de clientes insatisfeitos com as operadoras de planos de saúde. É tanto que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) suspendeu 301 planos de 38 operadoras e, destas, sete são de Pernambuco.
Difícil achar quem não queira ter um plano. Acontece que muita gente que tem plano de saúde anda se queixando.  O casal Amanda e Wilson é cliente de uma operadora e teve muitos problemas quando mais precisaram de segurança, na semana passada. Faltando menos de quatro horas para o nascimento de João Gabriel, o plano ainda não havia autorizado o parto.
“Eu como cliente esperava, evidentemente, um suporte do plano que a gente paga todos os meses para ter essa tranquilidade. Me senti muito prejudicado, psicologicamente abalado com o nascimento do meu filho e o plano me causou todo esse transtorno e me resta agora procurar as vias legais para reclamar. É certo que a ANS tem o conhecimento do que está acontecendo”, disse o advogado Wilson Miranda.

De acordo com o presidente do Instituto Apolo, Diogo Santos, muitas operadoras enfrentam problemas financeiros e de assistência ao cliente, com uma pequena oferta de médicos, clínicas e hospitais. Ele recomenda muita atenção com os contratos. “O consumidor quando busca contratar algum plano de saúde, ele parte da pressuposição de que todos os planos são muito semelhantes, quando na verdade não são. A variação de preços também traz por si uma variação da rede credenciada. Ele tem que verificar antes de contratar o plano qual o limite de alcance dessa rede credenciada e saber se essa rede credenciada de hospitais, clínicas e laboratórios se adequa às expectativas que ele tem com aquele plano”, informou Santos.
Outra dica importante vem da Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo (Abramge), que acompanha e fiscaliza as operadoras de saúde. “Para o usuário fica o conselho: ao contratar um plano de saúde informe-se com o seu papel que é oferecido pelo corretor, não assine nada antes de você se certificar da empresa que está sendo contratada se for contratação individual. No caso da contratação coletiva, o usuário tem uma garantia maior até porque a sua empresa vai fazer uma pesquisa rápida de mercado, vai ver quais são as operadoras que estão sem dificuldades”, comentou Flávio Wanderley, presidente da Abramge.
O Ministério da Saúde informou que vai anunciar na quinta-feira (10), em Brasília, nova suspensão de operadoras e planos de saúde que descumpriram prazos de atendimento. Eles terão a comercialização de produtos suspensa por não cumprirem os prazos máximos de atendimento aos clientes. Esta será a terceira vez que o Ministério da Saúde e a ANS adotam a medida.