MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 13 de janeiro de 2013

Ciclistas cruzam a Transamazônica para analisar urbanização da floresta


Três brasileiros começam neste domingo jornada entre o Pará e Amazonas.
Dados coletados vão comparar região atual com a de 20 anos atrás.

Eduardo Carvalho Do Globo Natureza, em São Paulo

  (Foto:  )
Três brasileiros começam neste domingo (13) a percorrer de bicicleta trechos da rodovia Transamazônica (BR-230), que corta a Amazônia e liga os estados da Paraíba ao Amazonas, com o objetivo de avaliar o impacto da expansão urbana e das obras de infraestrutura realizadas em diversas cidades da Região Norte.

A viagem chamada “Transamazônica+20” é uma reedição de uma jornada realizada há 20 anos por três universitários, que pedalaram durante 51 dias entre Marabá (PA) e Lábrea (AM), um percurso de 2.500 km pela estrada, com o objetivo de conhecer um Brasil que, na época, era considerado esquecido.

Osvaldo Stella Martins, 44 anos, diretor do Programa de Mudanças Climáticas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) é o único do grupo a refazer a viagem.
Alexandre Walter, que integrou a primeira equipe, não pode acompanhar por compromissos profissionais e familiares; já o alpinista Vitor Negrete morreu em 2006, aos 36 anos, durante uma expedição ao Monte Everest.

Segundo Martins, a expedição pela Transamazônica foi marcante ao ponto de alterar sua trajetória de vida. “Todo mundo ouvia falar da região amazônica, mas pouca gente conhecia o que de fato era. Para mim foi extremamente marcante, ao ponto de, então estudante de engenharia mecânica, seguir mais para o viés ambiental”, disse ele, que fez doutorado em Ecologia e trabalha com assentamentos de reforma agrária na região da Amazônia.

Com a participação de Rodrigo Zarnella, também do Ipam, e Magno Botelho, da ONG Iniciativa Verde, o grupo pretende coletar dados sobre o desmatamento da floresta, índices de desenvolvimento humano das cidades, além de ouvir personagens que sobreviveram ao desenvolvimento da região nas últimas duas décadas.
Na primeira foto, feita em 1992, grupo pioneiro de ciclistas que percorreu cerca de 2.500 km da rodovia Transamazônica. Na segunda imagem, a nova formação do grupo: (da esquerda para a direita) Osvaldo Stella, Rodrigo Zanella e Magno Botelho (Foto: Divulgação)Na primeira foto, feita em 1992, grupo pioneiro de ciclistas que percorreu cerca de 2.500 km da rodovia Transamazônica. Na segunda imagem, a nova formação: (da esquerda para a direita) Osvaldo Stella, Rodrigo Zanella e Magno Botelho (Foto: Divulgação)
Os ambientalistas vão percorrer o trecho em três fases. Inicialmente, as bicicletas andarão os 560 km que separam Marabá de Altamira, ambas cidades do Pará. Em junho e outubro, a expedição percorrerá outros dois trechos que, somados, totalizam 980 km.
“O objetivo é fornecer um olhar diferente, que possa contribuir para o entendimento mais amplo da sociedade brasileira em relação à Amazônia”, explica Martins.

“Queremos responder com a viagem algumas perguntas sobre o impacto de investimentos na região, como a usina de Belo Monte. Queremos saber qual o legado desse empreendimento na região e entender [...] como isso contribui para o meio ambiente, para a economia e qualidade de vida das populações locais”, explica.
Detalhes da viagem podem ser conferidos no blog mantido pela equipe.


Imagens mostram estado da rodovia Transamazônica entre 1992 e 1993 (Foto: Divulgação)Imagens mostram estado da rodovia Transamazônica entre 1992 e 1993 (Foto: Divulgação)

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