Arlindo Cruz, Padre Omar e outros fazem shows gratuitos na Cinelândia.
Combate à intolerância religiosa conta com atividades culturais e seminário.
Público se reúne para ver apresentações de diversos grupos religiosos (Foto: Janaína Carvalho)
A diversidade religiosa toma conta da Praça da Cinelândia nesta
segunda-feira (21). Centenas de pessoas passaram por tendas que fazem
parte do evento “Cantando a Gente se Entende”, promovido pela Globo Rio,
e que comemora o dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa no
Centro do Rio.De acordo com os participantes, o principal objetivo do encontro é valorizar a liberdade religiosa e o respeito a todas as crenças. “O objetivo desse evento hoje é celebrar a liberdade religiosa para o país como um todo e para o mundo. Mostrar que cada um segue o seu caminho e vai ser feliz perante o criador. Isso aqui é uma celebração ao respeito, a dignidade e às culturas diferentes. Apesar de sermos diferentes, podemos conviver juntos”, afirmou Ivanir dos Santos, representante da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa.
No evento, que acontece durante todo o dia, o público encontra tendas onde representantes do candomblé, do catolicismo, do espiritismo, budismo e seguidores de outros credos expõem seus artigos e mostram um pouco da sua religião. Também há atividades culturais, o seminário “Caminhos Para a Liberdade Religiosa”, realizado das 9h às 18h no Centro Cultural da Justiça Federal, além dos shows que acontecerão, a partir das 19h com Arlindo Cruz, Padre Omar e Ogam Tião Casemiro, Ogam Bambala e Varda.
Maria de Lourdes veio da Zona Oeste para participar
do evento no Centro do Rio (Foto: Janaína Carvalho)
"Acho muito boa essa iniciativa. Sou espírita e acho ótimo que todos se
unam, pois Deus é um só. Ele não faz diferença de cor, religião ou
raça”, afirmou a dona de casa Maria de Lourdes de Jesus Azevedo, de 60
anos, que veio do Curicica, Zona Oeste do Rio especialmente para
participar do evento.do evento no Centro do Rio (Foto: Janaína Carvalho)
Também estiveram presentes no evento representantes de grupos indígenas pedindo que as religiões indígenas sejam respeitadas. “Nossa religião é muito discriminada. Falam que somos demônios. Não somos demônios, somos índios e cada etnia tem sua religião”, afirmou a índia Ysani Kalapado, que veio do Alto Xingu, no Mato Grosso.
De acordo com o superintendente da Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos, Cláudio Nascimento, o principal objetivo do Governo do Estado do Rio de Janeiro com relação à política de combate à intolerância, é dar visibilidade à temática religiosa e promover ações que disseminem uma cultura de paz e respeito às diferenças. “O Rio é considerado pioneiro nessa área. Atualmente, além do grupo de trabalho permanente, temos o Centro de Promoção à Liberdade Religiosa e estamos lançando o plano estadual de enfrentamento à intolerância”, destaca Nascimento.
Líderes indígena e Hare Krisna participam do evento contra discriminação religiosa (Foto: Janaína Carvalho)
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