Vermes do caramujo causam hemorragia abdominal e perfuram o intestino.
Bichos começaram a aparecer há cinco anos sempre durante o verão.
No bairro Forquilhas, os moradores ficaram preocupados com a situação, tentaram queimar os moluscos, chamaram as autoridades, mas nada foi resolvido. "Eu tenho medo, também, que venham para dentro de casa, porque na frente da minha residência está cheio", diz a moradora Raquel Joquim.
Os caramujos começaram a aparecer há cinco anos sempre durante o verão, conforme os moradores. "Eles transmitem doença, né? A gente tem medo, porque tem crianças, idosos dentro de casa", fala a dona de casa Verônica Linhares. Já a servente Joice Linhares contou que no verão "é insuportável de passar, está sempre cheio de caramujo".
O caramujo africano foi trazido ao Brasil nos anos oitenta, pra ser uma alternativa mais barata ao esgargot, mas não deu certo. O molusco não é comestível, foi deixado de lado e, hoje, é uma praga em 14 estados brasileiros. A reprodução, muito rápida, ajuda na infestação. Um caramujo coloca duzentos ovos a cada dois meses. E com cinco meses, cada filhote vira adulto e já pode colocar outros duzentos ovos.
A orientação das autoridades é queimar os moluscos, mas o correto é colocar os bichos dentro de latas ou tonéis, ou esmagar os animais. É importante sempre usar luvas ou sacos plásticos e enterrar os restos para evitar a transmissão de doenças. Os vermes do caramujo causam dor e hemorragia abdominal, febre, vômito, perfuram o intestino e afetam o sistema nervoso.
Todas essas recomendações estão no mercadinho do bairro, em um folder produzido pela prefeitura. Mas muitos moradores ainda têm dúvidas. O secretário de Saúde de São José, Luis Antônio Silva, garante que já está fazendo um levantamento das regiões mais afetadas. "Os agentes comunitário de Saúde e a própria Vigilância Sanitária farão esse trabalho", garante.
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