MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Agricultoras e artesãs de projetos extrativistas sofrem ameaças no PA


Elas desenvolvem projetos em assentamentos do sudeste do estado.
Algumas mulheres pediram proteção para o governo.

Do Globo Rural

Agricultoras e artesãs que desenvolvem projetos extrativistas em assentamentos do sudeste do Pará estão enfrentando ameaças. Algumas mulheres pediram proteção para o governo.
As marcas da violência estão na placa do Projeto Agroextrativista Praia Alta Piranheira, em Nova Ipixuna, no sudeste do Pará. No assentamento, há 16 anos foi implantado um grupo de trabalhadoras artesanais extrativistas. Eram 13 agricultoras, mas hoje apenas cinco vencem o medo para continuar a produção artesanal utilizando as castanheiras e os açaizeiros, encontrados em abundância na região.
A professora e agricultora Laisa Santos Sampaio é uma das trabalhadoras. Ela diz que vem sofrendo ameaças. Um exemplo é o bilhete deixado no sítio da professora na semana passada. A mensagem diz: "A floresta é nossa. Cala essa boca!"
Através da coordenação da Comissão Pastoram da Terra em Marabá, Laisa pediu ajuda ao Programa de Proteção de Defensores de Direitos Humanos do governo federal, vinculado a Secretaria Nacional de Direitos Humanos, que no estado é representada pela Defensoria Pública. Em uma primeira decisão, em setembro de 2011, a proteção foi negada pela coordenação do programa no Pará. Mas a comissão recorreu em março do ano passado e solicitou em Brasília uma nova análise para que tenha proteção imediata.
Irmã de Maria do Espírito Santo da Silva e cunhada de José Cláudio da Silva, casal de extrativistas assassinado em 2011, Laisa recebeu em fevereiro do ano passado, em Nova York, um prêmio póstumo oferecido pela ONU aos familiares do casal de extrativistas.
Os acusados pela morte do casal estão presos e devem ser julgados no primeiro semestre deste ano. Na quarta-feira (16), uma equipe do Programa de Proteção dos Direitos Humanos do governo deve visitar o assentamento em Marabá para fazer uma nova analise do pedido de proteção.

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