Em busca de proteção, idosa convenceu família a ir para a cidade goiana.
Município estaria protegido de possíveis catástrofes nesta sexta-feira (21).
Família saiu de Santos/SP e foi para Alto Paraíso
(Foto: Elisângela Nascimento/G1)
O dia que marcaria o fim do mundo está tranquilo em Alto Paraíso de Goiás,
local onde, segundo os místicos, a população está protegida de qualquer
catástrofe. Alguns turistas, no entanto, acreditam que as previsões do
calendário maia ainda possam se cumprir pelos próximos dois dias. E,
para se proteger, ficarão na cidade, pelo menos, até domingo, dia 23.(Foto: Elisângela Nascimento/G1)
A aposentada Neusa Monteiro Diniz, de 74 anos, convenceu a família quase toda a passar o dia 21 de dezembro em Alto Paraíso. Ela, o marido, dois dos três filhos e uma nora saíram de Santos (SP) para conhecer a cidade goiana, garantir proteção e também ajudar a quem pudesse precisar. “Caso alguma coisa ruim aconteça, meu marido e meu filho são médicos. Então, poderíamos colaborar. Como católica, não falo em data para o fim do mundo porque isso nem os anjos sabem, mas no início de uma nova era”, explica.
No entanto, ela afirma que ficou um pouco decepcionada com o clima pacato da cidade. “Imaginei encontrar mais pessoas festivas, mais comunidades alternativas. Mas ainda não vi nenhuma. Tinha vontade de conversar com eles, mas acho que estão em retiro nesse momento de transição”, supõe.
Diniz acha que ainda é possível que a previsão maia se concretize. “Não há uma certeza em relação a horário e alguns falam até em dois dias depois do dia 21. Que uma grande mudança vai acontecer, isso é absolutamente certo”, defende.
O médico veterinário Eduardo Diniz, um dos três filhos do casal, atendeu ao pedido da mãe e veio para Alto Paraíso esta semana. Ele organizou a rotina da empresa que possui, em Botacatu (SP), onde fabrica cadeira de rodas para animais, e está aproveitando as belezas naturais da cidade mística. “Não acredito nem desacredito. Mas de tanto minha mãe falar, fica a pergunta ‘vai quê, né?’. Então, melhor não arriscar”, brinca.
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