MEDIÇÃO DE TERRA

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terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Sobrado em ruínas compromete prédios históricos de Cachoeira

Cristina Santos Pita A TARDE

  • Alzira Costa | Divulgação
    Construção do século XIX pertence à família Calumbi

Um sobrado do século XIX, na Praça Barão do Rio Branco, no Centro Histórico de Cachoeira (a 110 quilômetros de Salvador), ameaça desabar a qualquer momento. Boa parte do telhado caiu na semana passada, assustando moradores vizinhos, e o imóvel foi isolado pela prefeitura para evitar riscos aos pedestres. O prédio pertence à família Calumbi, que, desde 2009, tenta incluir o imóvel na linha de financiamento do Programa Monumenta para reformá-lo. De acordo com Gildete Calumbi da Silva Moura, o sobrado pertence ao espólio de Áurea Silva Calumbi e Francisco Elias da Silva, do qual é inventariante.
Ela afirma que  a família já solicitou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) autorização para executar  as obras de restauração.  "Estamos nesse trâmite, mas o tempo do prédio não é o nosso. Na sexta-feira, o Iphan enviou técnicos para avaliar o imóvel. Já pedi a interdição, mas existe a burocracia e demora", lamenta.
A técnica do Iphan, Leila Marina, foi quem vistoriou o sobrado no dia em que parte do telhado caiu. Segundo ela, o desabamento ocasionou desestabilização da fachada frontal, cujo risco de desabar  também é  iminente. No relatório do  Iphan,  a técnico aponta os serviços necessários para a recuperação do prédio, inclusive o seu escoramento total.
Também foi esclarecido que não havia possibilidade de inscrição do sobrado no Programa Monumenta porque não havia edital aberto. Por meio da assessoria de comunicação, o Iphan informou que a vistoria realizada no imóvel  constatou o avançado estado de degradação, bem como a necessidade de realização de obras emergenciais. Mas, segundo o órgão, a responsabilidade pelas obras é do proprietário.
A dona do prédio garante que está tomando todas as providências, mas que falta recurso. "Uma reforma nesse sobrado vai custar mais de R$ 200 mil. Mesmo sem condições, tentei reformar o telhado, mas não houve tempo", salienta.

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