Médicos da rede municipal estariam com dois meses de salários atrasados.
Secretaria estadual reclama de sobrecarga vinda dos Socorrões I e II.
Representantes da SES discutem caos na saúde com
procuradora (Foto: Divulgação)
Representantes da Secretaria Estadual de Sáude (SES), diretores das
Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) e do Hospital Geral discutiram o
atendimento de urgência e emergência na capital com a procuradora
regional dos Direitos do Cidadão, Ana Karízia Nogueira, em reunião
realizada nesta terça-feira (4), em São Luís.procuradora (Foto: Divulgação)
Segundo a SES, a precariedade do atendimento nos hospitais da rede municipal de saúde tem sobrecarregado a rede estadual. Pacientes graves que deveria receber atendimento nos hospitais de urgência e emergência Socorrão I e II estariam sendo encaminhados às UPAs e ao Hospital Geral, de acordo com mapa de atendimentos de vítimas de trauma apresentado pela secretaria.
O mapa também mostra que o Hospital Geral realiza em média 30 cirurgias por dia. Ainda, 1.625 pacientes aguardariam para serem operados, mas as cirurgias estariam suspensas até que a situação de "superlotação" seja normalizada e os pacientes de urgência e emergência voltem para os hospitais municipais.
A procuradora da República, Ana Karízia Nogueira, reconheceu o caos da saúde pública em âmbito municipal e se comprometeu a intervir na situação. Ela contou ainda que a Secretaria Municipal de Saúde teria informado problemas no pagamento dos salários dos médicos, que só agora teriam recebido salários referentes a outubro.
Ao final do encontro, técnicos da SES se comprometeram a encaminhar relatório detalhado com números e imagens dos atendimentos de traumas realizados no Hospital Geral e nas UPAs para a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) para que possíveis medidas judiciais sejam tomadas.
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