Programa organizado pela sociedade civil foi lançado neste sábado (15).
Ideia é integrar educação e cultura através de vivências práticas do bairro.
Iniciativa é apartidária e idealizada pela sociedade
civil (Foto: Divulgação/Projeto Bairro-Escola)
O Rio Vermelho, na orla de Salvador, é o bairro escolhido para a
implantação de um projeto que reúne educação, arte e cultura com o
objetivo de firmar parceria entre a sociedade civil e as escolas
públicas. Esta é a proposta iniciada a partir deste sábado (15), dia em
que foi lançado o "Programa Bairro Escola Rio Vermelho".civil (Foto: Divulgação/Projeto Bairro-Escola)
"Os desafios para a melhoria da educação são muito grandes. A escola e o poder público não dão conta de alcançar os objetivos sozinhos e tem muita gente querendo ajudar. O projeto serve como um catalisador de apoios para que as escolas se apropriem das oportunidades educativas que existem em torno dos prédios", explica uma das apoiadoras e idealizadoras, a jornalista Anna Penido, do Instituto Inspirare.
Plantio em canteiros, pinturas de painéis, ioga para crianças, oficina de jogos, apresentações artísticas de dança de salão, afro e pop rock gospel, contação de história, criação de brinquedos, entre muitas outras atrações, foram realizados para marcar a estreia do projeto. "Nossas ambições são muito maiores do que um bairro. Queremos levar [a ideia] para outras regiões de Salvador e até cidades da Bahia. Mas precisávamos de um lugar que desse força e visibilidade à iniciativa. O Rio Vermelho é um bairro que tem uma simbologia grande porque traduz muito a cultura de Salvador", conta Penido.
O projeto "Bairro-Escola" é pensado para cumprir três componentes, que serão colocadas em prática a partir de 2013: a capacitação de diretores, coordenadores e professores das escolas públicas, o que é chamado de "Trilhas Educativas"; a criação de agências de comunicação, com conteúdos gerados pelos próprios estudantes; e os "arranjos culturais", espaços públicos que podem ser usados para ressignificação, como detalhou Anna Penido.
Estudantes e moradores se reúnem em caminhada (Foto: Divulgação/Projeto Bairro-Escola)
"A gente está criando todo processo de grupos que vão se articulando
para gerar ações. Todo mundo vira educador e aprendiz. Cada escola tem a
sua autonomia e constrói. Professores, coordenadores e comunidade vão
criando as trilhas. É uma forma de educação mais aplicada, com mais
sentido. Aprender ciência na praia, com pescadores; história com a
baiana de acarajé; literatura na biblioteca. É uma escola a céu aberto",
complementa.Sete escolas do bairro estão dispostas a encarar este novo processo: da rede municipal, estão a Escola Osvaldo Cruz, a Escola Ana Nery, a Escola Hercília Moreira, Escola Senhora Santana; da estadual, a Escola Euclides de Matos e a Alfredo Magalhães. Segundo a organização, o Colégio Estadual Manoel Devoto também deve se integrar à iniciativa.
Artista Ana Dumas participou do lançamento com seu "carrinho multimídia"
(Foto: Divulgação/Projeto Bairro-Escola)
(Foto: Divulgação/Projeto Bairro-Escola)
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