MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Primeiras impressões: Ford EcoSport Powershift e 4WD


Transmissão automatizada mostra rapidez e precisão nas trocas.
Versão 4x4 tem soluções interessantes, mas falta harmonia.

Rodrigo Mora Do G1, em Itatiba (SP)
Detentor de um currículo admirável – é o SUV compacto mais bem-sucedido da história e pioneiro de um segmento – o Ford EcoSport passa a ostentar também o título de primeiro nacional com câmbio de dupla embreagem. Parece pouco, mas não é.
O funcionamento da transmissão Powershift não difere do esquema das opções mais sofisticadas: duas embreagens, responsáveis uma por marchas pares, outra pelas ímpares. Na prática, respostas mais rápidas e certeiras. Foi o que o G1 comprovou num test-drive de aproximadamente 120 km, entre São Paulo e Itatiba, no interior do Estado.
Durante o trânsito mais pesado, típico dos grandes centro urbanos, o câmbio Powershift é discreto: troca as marchas sem transmitir seu esforço ao condutor. Faz sem trancos e, de repente, o motorista se vê perdido, sem saber em que marcha está. Infelizmente, o visor que abriga quilometragem, consumo instantâneo de combustível e a marcha corrente é pequeno demais dentro de um painel de instrumentos inspirado e de boa visualização, no caso de velocímetro e conta-giros.
Concorrentes EcoSport automatizado (Foto: Editoria de Arte/G1)
Na estrada, a transmissão automatizada mostra ainda mais suas virtudes, com trocas rápidas, precisas e nas quais o giro do motor pouco cai. Dá pra comparar, sem medo, ao DSG e S-Tronic de Volkswagen e Audi, respectivamente – só falta o motor turbo. Destaque para a posição S, onde o câmbio entende perfeitamente que deve fazer as trocas em alto giro, ou segurar a rotação em níveis elevados, sem que o condutor esteja acelerando.
O único problema está nas trocas do modo manual, feitas por botões no topo da alavanca. Não poderia ser mais desanimador e impreciso. Até existe uma tentativa de se dar bem com o mecanismo, mas logo o condutor desiste, depois de apertar o botão pra reduzir quando queria aumentar a marcha, ou o botão “+” quando a intenção era reduzir.
A opção já está nas lojas e sai por R$ 63.390 na versão SE e R$ 70.890 na configuração Titanium.
4WD
A versão com tração nas quatro rodas, sem reduzida, não surpreende: vai bem em terrenos menos amigáveis, mas logo se intimida diante dos obstáculos mais severos. Ponto positivo para a suspensão traseira, independente, mas negativo para o casamento entre o motor 2.0 Duratec e o câmbio de seis marchas, que “mata”o carro em rotações muito baixas. Não raro, foi preciso reduzir para 1ª marcha para continuar avançando – e aí ficou a impressão de que o EcoSport 1.6, por exemplo, seguiria o mesmo caminho sem pedir marcha abaixo.
EcoSport ganha tração integral, mas não surpreende (Foto: Divulgação)EcoSport ganha tração integral, mas não
surpreende (Foto: Divulgação)
O EcoSport 4WD custa R$ 66.090 na versão Freestyle e só começa a ser vendida em meados de janeiro do ano que vem.
Assim a gama se completa, com as opções já lançadas e agora o automatizado e o 4WD. Na hora de escolher o EcoSport mais interessante, o custo-benefício do Freestyle 1.6 e a praticidade do 2.0 Powershift são os que mais devem conquistar o consumidor.

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