MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 8 de dezembro de 2012

Pesquisador no AM diz que tecnologia naval amazônica é patrimônio cultural


Barcos de madeira estão ligados às águas da região, afirmou Marco Martins.
Estudo também explica a transformação da matéria-prima em embarcações.

Do G1 AM

Barcos ancorados antes da viagem a Parintins (Foto: Muniz Neto/G1 AM)Pesquisa avalia tecnologia da construção de barcos como patrimônio cultural da sociedade brasileira (Foto: Muniz Neto/G1 AM)
Um estudo realizado pelo pesquisador e mestre em Direito Ambiental, Marco Aurélio de Carvalho Martins, por meio do Programa Institucional de Apoio à Pós-Graduação Stricto Sensu (Posgrad), analisou a tecnologia naval amazônica como patrimônio cultural brasileiro.
Segundo ele, o trabalho foi motivado por uma norma editada pela Superintendência de Navegação, Portos e Hidrovias (SNPH), entidade que regulamenta o transporte naval de pessoas no Estado, e teve como objetivo a análise e compreensão da problemática amazônica de navegação fluvial em barcos de madeira como Patrimônio Cultural Imaterial.
"As embarcações de madeira da Amazônia fazem parte de um desenvolvimento social ligado às águas da região, considerada a maior bacia hidrográfica do mundo. Os rios e cursos d’água fazem parte do cotidiano dos amazônidas, relacionando-se ao desenvolvimento cultural. O que permitiu com que a nossa pesquisa avaliasse a tecnologia de construção de embarcações como patrimônio cultural da sociedade brasileira", explicou.


Marco Aurélio Martins afirmou que a importância social da pesquisa se dá pelo aspecto da transformação da matéria-prima em embarcações, importantes instrumentos de transporte para as populações que habitam, principalmente, o interior da região amazônica. "A tecnologia naval baseada em madeira é imponente e de extrema relevância, norteando diversos tópicos como extração da madeira, segurança, transporte de passageiros e mercadorias, comunicação e desenvolvimento regional, todos eles influenciando e sendo influenciados pelas conduções naturais da região", destacou.


Instrumento jurídico


De acordo com informações do estudo, o instrumento jurídico de proteção a esse patrimônio cultural é baseado no Decreto 3.551/2000, que regulamenta o Art. 216 da Constituição da República Federativa do Brasil.

 O pesquisador ressaltou que foram devidamente analisados os procedimentos e a sistemática do registro de modo a compreendê-lo melhor, bem como frisam as principais características aplicadas a catalogar a situação atual e acompanhar o desenvolvimento do processo no tempo.


"Conclui-se então, que a tecnologia naval amazônica nasce e floresce juntamente com a cultura regional, fazendo parte de seu cotidiano e sendo essencial ao desenvolvimento da região. Observando essas características, confirma-se a ideia de que essa tecnologia é patrimônio cultural brasileiro e deve ser protegida por meio do registro, segundo o que dispõe o decreto", completou.



Nenhum comentário:

Postar um comentário