Thuanne Silva A TARDE
Durante 36 dias, Mário desafiou a si próprio, estabelecendo um prazo para concluir todo o Caminho Francês (uma das rotas possíveis, que entra na Espanha através do sul da França). De Madri, o fotógrafo pegou um trem para Pamplona e de lá foi para Roncesvalles, onde iniciou a peregrinação. Os dias de caminhada ficarão em sua memória pelas pessoas que conheceu, além dos lugares e impressionantes paisagen. Em completa solidão, sua única companhia era a mochila, que se tornou parte do seu corpo.
"Um tubo de creme dental faz muita diferença no peso da mochila quando se está exausto", conta. Por esse motivo, menos é mais. Ele carregou apenas algumas roupas, além do equipamento fotográfico e produtos de higiene pessoal.
Lições - Para quem deseja passar por essa experiência, o fotógrafo recomenda muita preparação e planejamento para conhecer bem o trajeto. É preciso também respeitar os limites do corpo e descansar o suficiente nos dias de peregrino.
Mais do que belas fotos, Mário levou lições inesquecíveis para a vida da jornada que realizou. "Precisamos de muito pouco para viver e demandamos muito. É uma incoerência", reflete. Um dos momentos mais marcantes foi sua chegada na catedral. "Cheguei no meio da missa e minha primeira reação foi chorar de alegria". Depois de Santiago, andou mais 90 km até Finnisterra. Lá finalizou a jornada com um ritual de queima dos pertences. "Foi uma forma de exorcizar o que passei".
Canina Del Santiago / Galeria da Ciranda Café, Rio Vermelho / Ter a dom, das 11h às 20h / Entrada franca
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