Rafael Moraes Moura e Tânia Monteiro | Agência Estado
A presidente Dilma Rousseff disse hoje que a sua geração "sentiu
na carne" o abuso e a truculência do Estado, ao fazer referência ao seu
passado de contestação à ditadura militar. O comentário foi feito na
solenidade de entrega do Prêmio Direitos Humanos, no Palácio do
Itamaraty, em Brasília. Segundo Dilma, a questão dos direitos humanos
marcou sua "vida pessoal". "Esse assunto além de ser importante, ele me
comove, porque a minha geração sentiu na carne o abuso do poder, a
truculência do Estado e sabe perfeitamente como é importante e
fundamental o respeito pelos direitos humanos. Sabe que esse é um pilar
fundamental de uma sociedade democrática, não existe nada mais
importante do que os seres humanos em qualquer esfera da nossa
atividade", afirmou.A presidente destacou os trabalhos da Comissão da Verdade, que tem entre os objetivos "esclarecer os fatos e as circunstâncias dos casos de graves violações de direitos humanos" entre 1946 e 1988 e "promover o esclarecimento circunstanciado dos casos de torturas, mortes, desaparecimentos forçados, ocultação de cadáveres e sua autoria". Entre os premiados da solenidade estão o Grupo Arco-Íris de Cidadania (na categoria "garantia de direitos à população LGBT"), Tim Lopes ("mídia e direitos humanos"), Pastor Djalma Rosa Torres ("diversidade religiosa") e menção honrosa ao Levante Popular da Juventude de São Paulo. (AE)
Nenhum comentário:
Postar um comentário