MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 22 de dezembro de 2012

Juros baixos e prazo maior para pagar facilitam compra

Fábio Bittencourt A TARDE

  • Margarida Neide | Ag. A TARDE
    Momento atual é favorável às classes C e D
São tantas as facilidades encontradas, hoje, por quem procura comprar o primeiro imóvel que  há quem diga até que esta é a hora de as classes  C e D realizarem o sonho da casa própria. As razões apontadas pelos especialistas vão desde os preços estáveis de 2012 à boa oferta de unidades em estoque, os juros mais baixos e o crédito mais facilitado.
"O financiamento imobiliário nunca foi tão fácil como vemos hoje, assim como os prazos nunca foram tão longos, chegando a 35 anos. As taxas de juros igualmente nunca foram tão baixas (entre 9% ao ano e 12% ao ano), nas linhas fora do FGTS  (aqui chegam a 7% ao ano)", lembra o diretor da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), o economista  Miguel José Ribeiro Oliveira.
Para ele, as condições atuais para a aquisição da casa própria já são as melhores da história, bastando ao consumidor apenas um  pouco de planejamento. "Hoje, já é possível financiar até 100% do valor do imóvel, quando há cerca de três anos este percentual era entre 50% e 80%", diz ele.

A simulação realizada pelo economista, a pedido da reportagem, de um financiamento de cerca de R$ 160 mil, demonstra que, em um prazo de 10 anos, o consumidor vai pagar prestações de R$ 1.900. A longo prazo (em 30 anos), a mesma parcela cai para pouco menos de R$ 1.400.
Aproveitando a conjuntura favorável, o auxiliar administrativo Igor Nogueira, 23, e a mãe dele, a servidora federal dona Sinésia, 62, compraram juntos dois imóveis de três quartos, cada, em um empreendimento recém-construído no bairro Sete de Abril. Casado há quatro anos, Nogueira almejava morar em um condomínio com estrutura de lazer. Já dona Sinésia sonhava em sair do aluguel.
Condições favoráveis - "Encontramos as condições necessárias para realizarmos este sonho. Foi uma oportunidade. O preço estava bom e os juros mais baixos. Juntamos algum dinheiro para a entrada e financiamos o restante", disse Nogueira, que também é comerciante. Esta á a primeira vez que a família passa a morar em apartamento.
Na avaliação do sócio-diretor da imobiliária Brasil Brokers Brito e Amoedo, Cláudio Cunha, pode-se dizer que este é um momento ímpar para a classe média. Segundo ele, nunca foi tão fácil para esta fatia da população  garantir o sonho da moradia própria. "Nos últimos meses, as condições e facilidades para a compra de imóveis só melhoraram", lembra ele.
Cunha lembra, inclusive, que o consumidor hoje, com uma poupança de R$ 10 mil, mais um saldo de FGTS de igual valor, já pode pensar em partir para um investimento. "O que vai depender, neste caso, é o valor da renda do cliente. É preciso saber quanto ele pode financiar e qual a prestação que poderá assumir, para saber qual o tipo do imóvel mais adequado ao seu padrão", analisa.
Estrutura de lazer - Policial civil, Érico Souza Araújo, 44, mora em uma casa própria de três quartos, no Rio Vermelho. Divorciado, pai de quatro filhos com idades entre 8 e 21 anos, ele foi localizado pela reportagem em um estande de vendas de uma grande construtora, na Avenida Paralela, em busca de um apartamento. O mais importante, para Érico, em um empreendimento é estrutura de lazer para os filhos.
"Dois dos meus filhos moram comigo. O  de 12 anos e o de 15. Eles  precisam de espaço para brincar. Estou aqui fazendo uma simulação. Mas, se não for agora, será em 2013", aposta. Na Bahia, já são mais de R$ 4,2 bilhões em crédito só este ano. Se depender de crédito para a compra da casa própria, os baianos podem ficar tranquilos.
Quem afirma é o gerente regional da Caixa em Salvador, Adelson Prata. Segundo ele, já são mais de R$ 4,2 bilhões em financiamentos contratados até o momento, na Bahia, este ano. Ainda de acordo com Prata, a meta da instituição para 2013 é incrementar em 20% o volume de recursos emprestados, superando a marca de R$ 5 bilhões, no Estado, e a de R$ 100 bilhões, em âmbito nacional.
Mais empreendimentos - Ainda de acordo com o gerente, essas ações (do governo), em particular a linha de crédito voltada para construtoras e empreiteiras de pequeno e médio portes, devem fazer com que o número de construções voltadas para a classe média aumente.
"A intenção é propiciar melhores condições de crédito para o setor, que deve se refletir diretamente na viabilização de novos empreendimentos".
Ainda segundo Prata, outro fator importante é que, para imóveis de até R$ 150 mil, as condições de crédito e financiamento estão mais atrativas, pois pelo valor podem ser contemplados com os benefícios do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), como subsídios e prazos mais estendidos.

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