MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 23 de dezembro de 2012

Faturamento das lojas da 25 de Março deve crescer 8% em 2012


Região da capital de SP é o maior centro de compras a céu aberto da AL.
Para empresários, custo de aluguel é alto, chega a superar R$ 50 mil.

Da PEGN TV

Um milhão de pessoas fazendo compras num só dia, no mesmo lugar. Este é o movimento, nesta época, na Rua 25 de Março, no centro de São Paulo: o maior shopping a céu aberto da América Latina. Um verdadeiro formigueiro humano. E tem de tudo, para todos os gostos e bolsos. A julgar, pelo corre-corre, os desejos de consumo são grandes neste Natal.
O movimento é constante. Faça sol, faça chuva. É gente de todos os cantos do país atrás de novidades e ofertas.
“Sou de Salvador, vim comprar roupas de cama, de banho, algumas calças”, disse a cliente Jutuacira Santos.
Ao longo de 2.500 metros, a 25 de março tem 350 lojas, sem contar o comércio informal nas calçadas. Só andar por aqui já é uma atração à parte.  Alguns cantam, outros imitam astros, anjos distribuem mensagens de natal.
“A verdadeira generosidade é fazer alguma coisa de bom por alguém que nunca vai descobrir. Da hora”, afirmou Ameliana Alves.
Mas, ter um negócio aqui não é para qualquer um.  A rua tem o metro quadrado mais caro do país. O aluguel de algumas lojas é superior a R$ 50 mil por mês.
Para tirar melhor proveito do espaço, muitas lojas são divididas em boxes de 2 ou 3 metros quadrados, e ficam mais acessíveis aos pequenos empresários. Eles são alugados por R$ 2 a R$ 5 mil por mês.
“Ah, é uma loucura né. O dia passa que a gente nem percebe, às vezes eu nem almoço porque não dá tempo”, disse Larissa Araújo.
Como nós estamos numa região com o metro quadrado caríssimo, ninguém pode se dar ao luxo de ter espaço ocioso aqui, tem que aproveitar cada centímetro quadrado. Muitos produtos são pendurados no teto, os balcões são também expositores de milhares de produtos. Em alguns pontos eles até encobrem a vendedora. Na loja a árvore de Natal mais cara custa quase R$ 1.000 e a mais barata, R$ 3, sem os enfeites.
Com a experiência de mais de 40 anos na 25 de Março, o empresário Elias Ambar sabe o que é preciso para se dar bem na região.
“O maior segredo, sempre, é preço baixo, né?”, afirma o empresário.
Para vender barato, é preciso ter margem de lucro baixa. Aqui, ela é de 5 %. Ganha-se na quantidade. Outra regra é comprar em lotes grandes.
“A cada compra é uma negociação, uma briga, é bem acirrada a luta.”
Para montar uma loja como a da reportagem, é preciso investir R$ 800 mil em estoque, segundo o empresário. Ele lembra que os produtos de Natal não têm perda – se não vender, guarda para o ano que vem.
“A árvore de Natal canadense estava R$ 90, e os enfeites aqui, está na faixa de R$ 8, R$ 9, depende”, diz o cliente Nilton Neves.
Mas, pelo ritmo, não vai sobrar muita coisa. A loja vende para 400 clientes por dia.
“O fato de ter muitas lojas é o que torna atraente esse centro comercial. É bom e é competitivo. Mas a concorrência é que torna a coisa interessante”, disse Elias.
De acordo com a associação dos lojistas da 25 de Março, o comércio da região faturou R$ 17 bilhões em 2011. Para este ano, a estimativa de crescimento é de 8%, ou seja, o dobro da média geral do comércio varejista no brasil.
“Estou me realizando”, comemora Tatiana Cerqueira. “Ah, é festa de tanta gente andando nas ruas”, disse Cristiane Crespe.

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