Tartarugas engolem plástico e sofrem danos no estômago e intestino.
Centro de estudos Ceclimar, em Imbé, recebe e trata animais feridos.
Estudantes pesquisam espécies encontradas mortas à beira-mar (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)
A ação humana na natureza é causa de morte de animais de diversas espécies marítimas no Litoral Norte do Rio Grande do Sul. A prova disso está no Centro de Estudos Costeiros da Universidade Federal do estado, o Ceclimar, que fica na praia de Imbé.
A rotina do local inclui a coleta de animais encontrados sem vida na
orla para que sejam avaliados. Esses exemplares, em sua maioria, foram
vítimas do lixo jogado à beira-mar pelos visitantes, como mostra a
reportagem do Nossa Terra (veja vídeo abaixo).
Lixo encontrado no estômago de tartarugas
(Foto: Roberta Salinet/RBS TV)
“Precisamos entender que preservando esse processo que a natureza criou
há milhares de anos, a gente está se preservando. A sobrevivência da
espécie humana depende da biodiversidade”, diz Ignácio.(Foto: Roberta Salinet/RBS TV)
No entanto, alguns animais chegam vivos ao Ceclimar. No setor de reabilitação, eles são abrigados, recebem tratamento e alimentação. Há pinguins que se perderam dos grupos e até uma fêmea de atobá marrom, espécie poucas vezes avistada na costa gaúcha. Um leão marinho chamado Gordo mora lá há oito meses. Ele foi trazido por um homem após ser encontrado na areia da praia. Na verdade, o animal estava apenas descansando sob o sol, mas acabou se machucado durante o transporte inadequado e não pode retornar ao mar.
“Damos peixe na boca e jogamos também na piscina, para que ele vá buscar e assim se movimente, faça exercícios. Mas não tocamos nele, porque é um animal selvagem e tem que ser respeitado”, explica a estudante de biologia Alice Pereira.
Leão marinho chamado Gordo, que mora no Ceclimar, em Imbé (Foto: Roberta Salinet/RBS TV)
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