Catiane Magalhães A TARDE
O Estado só fica atrás do Ceará e do Rio de Janeiro. A situação é ainda mais preocupante, pois ambos conseguiram reduzir em 48% e 73%, respectivamente, a quantidade de óbitos em relação a 2011, enquanto a Bahia teve um aumento de 81% dos casos, se comparado o mesmo período. Foram 16 mortes no ano passado e, até o momento, 26 baianos já morreram esse ano, vítimas da dengue.
De acordo com o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes Aegypti (Liraa), do Ministério da Saúde, das 77 cidades brasileiras que se encontram em situação de risco, 21 estão localizadas na Bahia, o que corresponde a 27% do total.
Conforme a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), entre os municípios com maior incidência estão Salvador, Itabuna, Feira de Santana, Ilhéus, Senhor do Bonfim, Serrinha, Guanambi, Jacobina, Jequié e Teixeira de Freitas, que juntos somam quase 50% dos casos registrados no Estado.
Novo Sorotipo - Além do aumento significativo do número de casos registrados na Bahia, os especialistas temem ainda as complicações ocasionadas pela chegada de uma nova variação da dengue, o tipo 4, que ampliaria a possibilidades de dengue hemorrágica e, consequentemente, o número de óbitos.
O conselheiro do Cremeb (Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia), o médico Otávio Marambaia, disse que Itabuna - cidade mais castigada no ano passado - continua em situação de vulnerabilidade. "A cidade terá uma epidemia de dengue se nada for feito", afirma.
Ações - Segundo a superintendente de vigilância e proteção a saúde da Sesab, Alcina Andrade, o assunto só será discutido a partir do próximo mês de janeiro, pois no momento a Sesab está trabalhando com as equipes de transição dos governos municipais.
"Já temos uma reunião prevista com os novos gestores municipais das cidades com maior risco de epidemia, como Itabuna e Feira de Santana, para tratar da adoção das medidas cabíveis", diz.
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