MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Desordem nas praias atinge banhistas e comerciantes

Edely Gomes A TARDE

  • Fernando Amorim | Agência A TARDE
    Latões cheios de lixo e barracas de lona tiram o encanto das praias
Dois anos e três meses após a conclusão do trabalho de  demolição das barracas na orla marítima  de Salvador, ao que tudo indica, a cidade continua sem um projeto de requalificação do espaço. Ao longo de quilômetros de praias,  é fácil observar a  desordem, sujeira e falta de fiscalização. Faltam banheiros químicos e lixeiras. Sobram ambulantes vendendo alimentos de forma irregular.
Integrante da associação de barraqueiros de praia, Sérgio Raimundo Silva, 39 anos, reclama que os  ambulantes invadiram as praias e não há fiscais para controlar este tipo de comércio. "São os ambulantes que trazem a sujeira. Se misturam no meio das barracas. São oportunistas, vão aonde tem mais concentração de pessoas", acusa.
Vendedora de acarajé na praia do Jardim de Alah há 20 anos, Almira dos Anjos,  47, diz que nada impede que novos comerciantes montem quiosques na região.
"Quando aparece mais alguém por aqui, somos nós que nos mobilizamos para mostrar que não há  espaço suficiente para mais vendedores", afirma.

Entre as improvisadas cabanas de lona e o mar, banhistas são obrigados a conviver com o lixo e a insistência dos camelôs. "Está tudo desordenado. A orla necessita urgentemente de revitalização. Faz vergonha para os moradores e turistas", reclama a servidora pública Sílvia Assis, 52 anos.
Para Eliana Santos,  48, o que mais incomoda é a abordagem dos vendedores - ambulantes e barraqueiros. "A pior parte é o assédio que sofremos desde o calçadão. Muitas vezes, a pessoa não quer nem sentar, só caminhar mesmo, mas eles não dão sossego",  queixa-se a assistente administrativa.
Sujeira - Barraqueiro há 15 anos, Marcos Antônio dos Santos, 39, afirma  que, na maioria das vezes,  são os próprios comerciantes que se mobilizam para fazer a limpeza da praia. Mas o lixo dispensado em latões improvisados próximos às barracas fica amontoado. "Nós  recolhemos o lixo, porque ninguém vem limpar. Mas, às vezes, são os próprios banhistas que trazem comida para a praia e sujam a areia", observa.
O barraqueiro também reclama da falta de banheiros químicos para frequentadores e  vendedores, o que, segundo ele, já foi solicitado à prefeitura.

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