Férias escolares dos filhos é a oportunidade de todos viajarem juntos.
'A viagem parece que fica mais curta', diz o caminhoneiro Adriano, em RO.
Família Alvarenga passa o tempo jogando cartas enquanto aguarda nova carga (Foto: Flávio Godoi/G1)
É durante o período das férias escolares que caminhoneiros de todo o
país ganham a companhia da família nas viagens que chegam a durar até 10
dias. Dividindo o banco que se transforma em cama, os viajantes fazem
do aperto da boleia um local de aconchego. No posto fiscal de Vilhena (RO), muitos caminhoneiros já aparecem com suas famílias.
Ter a família ao lado é realmente especial"
Adriano Jesus Alvarenga, caminhoneiro
“Ter a família ao lado, ainda mais nesta época do ano de confraternização, é realmente especial. A viagem parece que fica mais curta e tudo é mais tranquilo, sem contar a comida caseira que não tem igual”, comenta Adriano.
Em uma cozinha adaptada ao caminhão, a família Alvarenga cozinha as próprias refeições em paradas nos postos de combustível. De acordo com Rosimeire, a comida só é comprada quando está chovendo e a cozinha não pode ser montada.
Refeições são preparadas na cozinha da carreta (Foto: Flávio Godoi/G1)
Para passar o tempo de espera enquanto as notas fiscais não são
liberadas nas fronteiras dos estados, a família se reúne para jogar
cartas. Porém, o pequeno Matheus, que viaja com o pai há três anos,
conta com outra forma de diversão, os jogos do celular. “Eu gosto de
vídeo game e como o meu ficou em casa jogo no celular para passar o
tempo”, conta Matheus.Para Ana Maria, que também acompanha o marido, Leonardo Nascimento, juntamente com o filho Paulo Henrique, de 9 anos, o passatempo das viagens é uma televisão adaptada a um aparelho DVD. Tudo isso para não perder nenhum capítulo da novela.
Ana Maria aguarda na cabine enquanto o
marido foi conferir as notas fiscais
(Foto: Flávio Godoi/G1)
Nas paradas dos postos fiscais, Ana Maria fica sozinha na boleia do
caminhão enquanto o esposo vai conferir as notas na companhia do filho. A
dona de casa afirma que não tem medo e nunca passou por nenhuma
situação de perigo.marido foi conferir as notas fiscais
(Foto: Flávio Godoi/G1)
“Desde que nos casamos que viajo com ele. Meu filho fez a primeira viagem de caminhão quando tinha 15 dias de nascido. A estrada para mim é minha segunda casa. Perigo tem, mas não tenho medo de ficar sozinha quando ele precisa resolver a papelada”, afirma Ana Maria.
A dona de casa conta que já conhece todos os estados do Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste. A viagem ao Rio de Janeiro foi a mais marcante. “Foi quando eu pude conhecer o mar, a praia, foi lindo. Foi a melhor viagem que fiz com meu marido”, relembra.
Segundo estimativa da Polícia Rodoviária Federal, por dia passam pela fronteira de Rondônia com o Mato Grosso cerca de 600 caminhões.
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