MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Após Japão barrar carne brasileira, governo tenta acalmar importadores


Segundo ministério, serão feitos encontros bilaterais de 'esclarecimento'.
Animal foi detectado com agente da doença da vaca louca no Paraná.

Do G1, em São Paulo

O Ministério da Agricultura informou nesta segunda-feira (10) que irá intensificar os contatos com os principais países importadores de carne bovina para esclarecer o comunicado feito na última sexta-feira (07) sobre a confirmação da presença do agente causador da EEB (Encefalopatia Espongiforme Bovina), mais conhecida como a doença da vaca louca, em uma fêmea que morreu em 2010 em uma fazenda no Paraná.
A medida acontece após o Japão anunciar restrições à importações de carne bovina do Brasil.
“O governo como um todo está mobilizado para dar amplo esclarecimento sobre o ocorrido, para que não pairem dúvidas com relação à segurança do nosso sistema de defesa sanitária animal”, disse, em comunicado, o secretário-executivo da Agricultura, José Carlos Vaz.
"Serão feitos encontros bilaterais, missões e reuniões com os principais parceiros comerciais do país", destacou o ministério em comunicado, informando que na tarde desta segunda-feira, o adido agrícola japonês no Brasil, Kentaro Morita, se reuniria com técnicos do governo brasileiro para obter mais informações, a fim de subsidiar o governo daquele país.
"Amanhã, 11, o adido agrícola brasileiro, Gutemberg Barone, se encontrará com o diretor do escritório de Segurança de Importações de Alimentos japonês, Hideshi Michino, para entregar um relatório completo a respeito do caso, bem como, os ofícios de entidades internacionais validando os procedimentos de defesa sanitária animal que o Brasil adota", diz a nota.
Para o secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, "reações intempestivas são de certa forma previsíveis".
“A nossa principal arma é a informação. Estamos preparados para responder a todos os questionamentos dos nossos parceiros comerciais”, afirmou no comunicado
'Mal entendido'Em comunicado divulgado nesta segunda-feira, a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), destacou que o Japão foi "o único mercado até agora ao manifestar oficialmente a interrupção das importações de carne bovina brasileira" em virtude do registro da presença do agente causador da doença da vaca louca e afirma confiar na reversão da decisão.
"Aguardamos o resultado do encontro de representantes brasileiros e japoneses com a
confiança que o mal entendido possa ser resolvido no curto prazo", afirmou a Abiec. "As informações recebidas pela Abiec confirmam que o pedido do embargo às importações foi feito pelo Ministério da Saúde do Japão, e não pelos seus órgãos de defesa agropecuária, até que mais informações sobre o caso fossem enviadas pelo Brasil", acrescentou a associação.
Japão comprou 1,54% da carne bovina exportadaSegundo dados da Abiec, de janeiro a outubro de 2012, o Japão comprou 1.392 toneladas de
produtos industrializados que representaram US$ 7.635.586. "Isto representa respectivamente 1,54% do volume e 1,38% do faturamento de carne bovina industrializada exportada pelo Brasil, e 0,14% em volume e 0,16% em faturamento do total de carne bovina em geral exportada pelo Brasil", afirma a entidade.
A Abiec considera a decisão do governo japonês um "desrespeito às normas e procedimentos preconizados pela OIE, organismo internacional de sanidade animal, que não alterou a classificação de risco negligenciável do Brasil para o agente da doença da vaca louca.
"A não observância das recomendações da OIE provoca distorções desnecessárias no mercado e são passíveis de contestação nos organismos internacionais competentes. A OIE, organismo internacional de sanidade animal não alterou a classificação de risco negligenciável do país para a EEB, portanto não podem haver embargos ou restrições às exportações brasileiras", sustenta a Abiec.

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