MEDIÇÃO DE TERRA

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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

30ª Bienal de São Paulo termina sem luz

Camila Molina | Agência Estado

Um apagão de luz na região do Ibirapuera fez a 30ª Bienal de São Paulo terminar mais cedo, neste domingo (9), em seu último dia de visitação. A mostra ficaria aberta até as 19 horas, mas por volta de 17h30, sem luz no prédio, os visitantes foram convidados a sair. Segundo a organização do evento, a 30ª edição recebeu um total de cerca de 520 mil visitantes desde sua abertura, em 7 de setembro. A cifra é menor, mas de certa forma equivalente, à da 29ª Bienal, que recebeu, em 2010, 535 mil pessoas.
A marca de 520 mil visitantes da 30ª Bienal é um número aproximado. Deste total, 308 mil seriam de visitas espontâneas à mostra e 212 mil pessoas teriam participado das atividades promovidas pelo setor educativo da edição. Uma Bienal sem polêmicas e com um tom mais silencioso, com a participação de 111 artistas de 33 países, a mostra, sob o título A Iminência das Poéticas, teve curadoria-geral do venezuelano Luis Pérez-Oramas e apresentou 2,9 mil obras, entre pinturas, fotografias, instalações, desenhos e esculturas, no grande edifício projetado por Oscar Niemeyer. Promoveu, ainda, exposições em outros espaços de São Paulo, como o Instituto Tomie Ohtake, a Casa Modernista e a Faap. Cerca de 45 mil pessoas visitaram até este domingo esse segmento da edição que ficou conhecido como Bienal na Cidade.
No Pavilhão Ciccillo Matarazzo, no Parque do Ibirapuera, a produção de bordados, estandartes e objetos do brasileiro Arthur Bispo do Rosário, que viveu por 50 anos no hospital psiquiátrico Colônia Juliano Moreira, no Rio, tornou-se um grande destaque da mostra, mas a 30ª Bienal apostou em trazer para o público brasileiro pequenas exposições individuais de artistas emergentes ou pouco conhecidos e em apresentar um número considerável de obras inéditas. Não foi, enfim, uma Bienal do "mainstream" ou das grandes estrelas do mercado e do cenário internacional de arte, o que contribuiu para um caráter mais intimista da exposição.
O evento tem entrada gratuita desde a 26ª Bienal, de 2004, que recebeu o maior número de visitantes na última década de edições da mostra, um total de 917 mil pessoas. Este ano, a exposição foi realizada com orçamento de R$ 22,4 milhões. Foi uma edição também marcada pela superação de uma crise institucional, já que a Fundação Bienal de São Paulo teve suas contas bloqueadas em janeiro por questionamentos sobre convênios firmados pela instituição entre 1999 e 2007, mas conseguiu, em abril, liminar pelo Tribunal Regional Federal de São Paulo para ter seus recursos desbloqueados e realizar a exposição. O projeto da 30ª Bienal prevê, ainda, itinerância de recortes da mostra para outras cidades do País em 2013.

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