MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

UMA CIRURGIA DE EMERGÊNCIA ESPERAR 19 MESES É UM ABSURDO.

Após acidente, motorista do DF espera cirurgia no joelho há 10 meses

Ele anda com muletas, mas teme perder o movimento das pernas.
Secretaria informou que paciente deve ser atendido até julho de 2013.

Felipe Néri Do G1 DF

Depois de sofrer acidente de carro no fim de 2011 e ficar 39 dias em coma, o motorista Aldair Moreira, de 24 anos, espera desde janeiro por cirurgia no joelho e no fêmur, osso da coxa. Morador de Brazlândia, ele chegou a ficar internado por 67 dias nos hospitais do Paranoá e de Base, mas foi liberado sem a marcação do procedimento cirúrgico.
Aldair, que se move com auxílio de muletas, diz ter medo de perder os movimentos (Foto: Arquivo Pessoal)Aldair, que se move com auxílio de muletas, diz ter medo de perder os movimentos (Foto: Arquivo Pessoal)
Segundo Aldair, após ser liberado, ele recebeu quatro pedidos de médicos do Hospital de Base para que a cirurgia fosse realizada. O motorista informou que os joelhos estão com os ligamentos rompidos. “Sinto o fêmur rangido quando me movo e durmo mal todos os dias. Só consigo andar com o auxílio de muletas. Tenho medo de perder os movimentos no joelho”, disse.
Aldair não entrou na Justiça com o pedido de realização da cirurgia. A Secretaria de Saúde informou que o paciente está inscrito no mutirão de cirurgias iniciado em setembro, com meta de fazer 17 mil procedimentos do prazo de dez meses - até julho de 2013. Em 7 de novembro, 2,5 mil cirurgias haviam sido realizadas pelo mutirão, segundo a secretaria.
Carro que Aldair dirigia durante acidente em 2011 (Foto: Arquivo Pessoal)Carro que Aldair dirigia durante acidente em 2011
(Foto: Arquivo Pessoal)
Aldair também contou que chegou a ter o procedimento agendado no Hospital do Paranoá ainda em fevereiro, mas foi transferido para o Hospital de Base sob alegação de que a cirurgia seria feita lá.
“Fiquei 28 dias só tomando morfina no Base, porque o fêmur e o joelho estavam soltos. Depois me liberaram dizendo que não havia vaga para cirurgia”, disse. "O meu tratamento está parado. Tenho medo de o meu joelho piorar, porque o médico falou que eu poderia deixar de andar se não fizesse a cirurgia. Mexo a perna e sinto o joelho solto.”
A última consulta de Aldair no Hospital de Base foi no final de agosto. De acordo com o motorista, na ocasião ele foi informado que o procedimento ainda não poderia ser realizado porque havia outras 2,8 mil pessoas na fila.

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