MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Obama chama líderes do Congresso para discutir 'abismo fiscal' nos EUA


Presidente busca acordo para evitar crise fiscal iminente no país.
Democrata insistiu em que os ricos devem pagar mais impostos.

Do G1, com agências internacionais
O presidente reeleito dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (9) que vai convidar os líderes do dois partidos no Congresso para ir à Casa Branca na próxima semana para negociar meios de evitar o chamado "abismo fiscal". O objetivo, segundo Obama, é "construir um consenso", e as prioridades são "o emprego e o crescimento".
O convite foi feito durante o primeiro pronunciamento de Obama sobre economia após ele ter sido reeleito, na terça-feira, ao derrotar o republicano Mitt Romney nas urnas.
Obama disse que, passada a eleição, é hora de "voltar ao trabalho" e que há muito a fazer.
Ele afirmou que os problemas só podem ser resolvidos com a cooperação dos dois partidos.
O presidente reeleito dos EUA, Barack Obama, fala sobre economia nesta sexta-feira (9) na Casa Branca (Foto: AP)O presidente reeleito dos EUA, Barack Obama, fala sobre economia nesta sexta-feira (9) na Casa Branca (Foto: AP)
O democrata também afirmou que o déficit americano só pode ser resolvido de maneira "equilibrada e responsável". Segundo ele, o plano não tem todos os detalhes fechados e ele está aberto à negociação, mas não abre mão de que as medidas sejam "equilibradas".
"Estou aberto para novas ideias", disse. "Estou comprometido a resolver nossos desafios fiscais, mas recuso-me a aceitar qualquer abordagem que não seja equilibrada."
Mais uma vez, ele propôs impostos mais altos para os americano mais ricos e disse que é necessário uma negociação rápida para evitar aumentos de impostos para a classe média.
"Não há atalhos até a prosperidade. Se realmente queremos reduzir o déficit (público federal), devemos combinar cortes de gastos com ingressos e isso significa pedir aos norte-americanos mais ricos que paguem um pouco mais de impostos", disse.
O democrata disse que sua vitória sobre Romney mostra que a maioria dos americanos concorda com sua abordagem e que ele gostaria que o Congresso refletisse essa maioria.
O presidente reeleito encerrou afirmando que, em seu segundo mandato, espera ter aliados em ambos os partidos.
2013
A fala de Obama buscou preparar o terreno para um confronto com os republicanos no Congresso sobre aumentos de impostos e cortes de gastos que entram automaticamente em vigor no início do ano que vem.
A partir de janeiro de 2013, entra em vigor um conjunto de medidas batizado de "abismo fiscal". O pacote foi criado para começar a reduzir a dívida do governo federal americano. O "abismo fiscal" pode reduzir o déficit orçamentário federal, mas economistas alertam que também poderia levar a economia de volta à recessão.
Embora discordem sobre medidas imediatas para evitar a crise fiscal iminente, Obama e os republicanos podem encontrar um terreno comum nos pedidos para promulgação nos próximos seis meses de um pacote maior de medidas de redução do déficit, incluindo reescrever as leis fiscais dos EUA.
Recuperação da economia
A antecipação das discussões sobre os cortes de gastos e os aumentos de impostos levou a novas incertezas ao mercado financeiro nos últimos dias. Investidores temem que, caso o Congresso não chegue a um acordo sobre cerca de US$ 600 bilhões em cortes de gastos e aumentos de impostos que passam a valer no início do ano que vem, a economia dos EUA pode sair dos trilhos.
Obama, que derrotou o republicano Mitt Romney em uma corrida em que os dois candidatos ofereceram visões diferentes para estimular a lenta economia, não deve apresentar um plano novo ou específico.
O Escritório de Orçamento do Congresso, apartidário, reiterou na quinta-feira que se a questão não for tratada, o aperto fiscal abrupto levaria a economia de volta à recessão, com taxas de desemprego voltando a subir para cerca de 9%.
Mas também alertou para uma crise adiante se os Estados Unidos não segurarem o crescimento de seu enorme déficit.
Republicanos do Congresso, que defendem corte nos gastos, já começaram a deixar clara a sua posição sobre maneiras de evitar que a modesta recuperação econômica sofra com um choque fiscal.

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