Juliana Brito A TARDE
Uma missa celebrada na Igreja do Rosário dos Pretos seguida de samba de roda encerra neste domingo, 25, pela manhã, as comemorações pelo Dia da Baiana de Acarajé. Neste sábado, 24, um seminário reuniu representantes da categoria e de órgãos de governo no Memorial das Baianas, na Praça da Sé. "As baianas precisam de aposentadoria e de uma assistência à saúde", pontuou a presidente da Associação das Baianas do Acarajé (Abam), Rita Santos.
Cerca de 300 baianas da capital e do interior da Bahia e de outros estados, como Rio de Janeiro e Ceará participaram do seminário. Na mesa de abertura do evento intitulada Desafios da Salvaguarda, estavam representantes da Abam, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) e da Secretaria de Políticas para Mulheres (SPM-BA).
A presidente da Abam destacou que, nos 20 anos de existência da associação, esta é a primeira vez que o Estado participa do evento. "Isso para nós é uma grande vitória. É o governo se mostrando interessado. Mas precisamos de mais ações", disse.
Rita Santos conta que na próxima segunda-feira, 26, as representações estaduais das baianas de acarajé e representantes do Ipac, Iphan, Sepromi e Bahiatursa vão ter a primeira reunião para a composição de um comitê gestor nacional capaz de pôr em prática o plano de salvaguarda do ofício da categoria.
Inspiração - Pai Juscelino, babalorixá do Ilê Axé Iapará, localizado em João Pessoa, Paraíba, participou pela primeira vez do evento. Um dos pioneiros do ofício na capital paraibana, ele veio ao encontro em busca de inspiração para ampliar o ofício na Paraíba.
"Vim em busca de apoio para expandir o ofício por lá, salvaguardando os costumes baianos, e conquistar o apoio do poder público", disse Pai Juscelino.
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