Rosário foi à Câmara pedir criação de grupo para monitorar torturas.
Ela afirmou que não basta criar novas vagas em penitenciárias.
"O que eu acredito é que nós estamos, sim, diante de uma situação de emergência. Ainda que ela não seja atual, que ela já venha se arrastando há muito tempo", afirmou. A situação dos presídios brasileiros passou a ser discutida com maior intensidade depois que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou, na semana passada, que preferiria morrer a passar "muitos anos" em uma penitenciária do país.
Para a ministra, a solução dos problemas nos presídios depende de várias ações, não somente da ampliação do número de vagas. Segundo o Ministério da Justiça, existe um déficit de 200 mil vagas nas penitenciárias.
"Não basta apenas ampliarmos o número de vagas. É preciso também verificarmos o número de presos que estão em condição provisória, que não foram julgados e estão aguardando julgamento dentro das prisões. Essa é uma demanda que o CNJ [Conselho Nacional de Justiça] já tem indicado. Precisamos também verificar se não está havendo", afirmou.
"Precisamos verificar se não estamos, na mesma penitenciária, misturando pessoas com diferentes graus de periculosidade. O que acaba contribuindo para a ação criminosa , para os grupos criminosos, porque eles aliciam para dentro dos presídios pessoas que para lá vão com pequeno grau ofensivo e que acabam sendo reféns dos grupos criminosos mais organizados", complementou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário