Ações tiveram início após morte de crianças de duas etnias
Ministério atua com o auxílio de nove equipes em Atalaia do Norte.
Com o apoio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), as equipes do Sesai monitoram as rotas que as etnias utilizam para retornar às suas aldeias, no Vale do Javari, e abordam as canoas para verificar o estado de saúde desses indígenas.
Sobre o Gabinete de Operações Integradas (GOI) montado para vistoriar os problemas de saúde das etnias afetadas pelo surto encerrou as suas ações, Bruno Pereira disse ao G1 que os trabalhos foram encerrados. "Criamos o GOI naquele momento crítico para obter informações diárias sobre o problema. Porém, a situação nas aldeias e no município já está controlada. O número de equipes já foi reduzido", acrescentou o representante da Funai.
Em nota divulgada no último dia 18 de outubro, o Ministério da Saúde informou que a atuação da Sesai no interior e o deslocamento de equipes, materiais e pacientes ganhou o auxílio de um helicópeto do Exército, enviado pelo Ministério da Defesa para Tabatinga, a 1607 km de distância de Manaus. Ainda de acordo com a assessoria do órgão, as equipes mantêm contato diário com as tribos para acompanhar os casos e identificar eventuais necessidades de remoções a serem feitas em aeronaves próprias para o transporte de pacientes na região.
Índios isolados
Quatro crianças, com idade abaixo de cinco anos, das etnias Canamari e Mayoruna faleceram após a viagem e estadia de mais de mil representantes destas tribos em Atalaia do Norte, onde votaram no primeiro turno das eleições municipais, em 7 de outubro. Após o pleito, os indígenas não conseguiram retornar para as suas comunidades, e ficaram instalados na orla do município, onde contraíram diarreia aguda e problemas respiratórios, além de desnutrição e desidratação.
Após o surto, a Funai, a Força Nacional de Saúde do SUS, o Sesai e a Defesa Civil montaram um Gabinete de Operações Integradas (GOI), que fez levantamentos e estruturou ações logísticas dentro das terras indígenas afetadas pela situação. Segundo Bruno Pereira, a intenção era evitar que outros lugares fossem contaminados pela diarréia, alem de controlar o problema o município.
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