MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Ministério da Saúde monitora casos de diarreia aguda em índios no AM


Ações tiveram início após morte de crianças de duas etnias
Ministério atua com o auxílio de nove equipes em Atalaia do Norte.

Camila Henriques Do G1 AM

Nove equipes do Ministério da Saúde estão atuando no controle do surto de diarreia aguda nas etnias Canamari e Mayoruna e no município de Atalaia do Norte, a 1.138 km de Manaus.  No total, foram registrados 178 casos nos indígenas instalados no municípios e 54 em aldeias em outubro. Todos os pacientes que haviam sido internados já receberam alta. As informações são da assessoria de comunicação do órgão, que atua no Amazonas por meio da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
Com o apoio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), as equipes do Sesai monitoram as rotas que as etnias utilizam para retornar às suas aldeias, no Vale do Javari, e abordam as canoas para verificar o estado de saúde desses indígenas.
No porto de Atalaia do Norte foi realizada uma triagem para controlar os casos de diarreias antes que os indígenas voltassem às suas aldeias. Segundo o coordenador regional da Fundação Nacional do Índio (Funai), Bruno Pereira, a maioria dos indígenas já deixou o município. "Tivemos notícias de alguns casos de brancos contaminados, mas nada tão grave quanto o que aconteceu com os indígenas", afirmou.
Sobre o Gabinete de Operações Integradas (GOI) montado para vistoriar os problemas de saúde das etnias afetadas pelo surto encerrou as suas ações, Bruno Pereira disse ao G1 que os trabalhos foram encerrados. "Criamos o GOI naquele momento crítico para obter informações diárias sobre o problema. Porém, a situação nas aldeias e no município já está controlada. O número de equipes já foi reduzido", acrescentou o representante da Funai.
Em nota divulgada no último dia 18 de outubro, o Ministério da Saúde informou que a atuação da Sesai no interior e o deslocamento de equipes, materiais e pacientes ganhou o auxílio de um helicópeto do Exército, enviado pelo Ministério da Defesa para Tabatinga, a 1607 km de distância de Manaus. Ainda de acordo com a assessoria do órgão, as equipes mantêm contato diário com as tribos para acompanhar os casos e identificar eventuais necessidades de remoções a serem feitas em aeronaves próprias para o transporte de pacientes na região.
Índios isolados
Quatro crianças, com idade abaixo de cinco anos, das etnias Canamari e Mayoruna faleceram após a viagem e estadia de mais de mil representantes destas tribos em Atalaia do Norte, onde votaram no primeiro turno das eleições municipais, em 7 de outubro. Após o pleito, os indígenas não conseguiram retornar para as suas comunidades, e ficaram instalados na orla do município, onde contraíram diarreia aguda e problemas respiratórios, além de desnutrição e desidratação.
Após o surto, a Funai, a Força Nacional de Saúde do SUS, o Sesai e a Defesa Civil montaram um Gabinete de Operações Integradas (GOI), que fez levantamentos e estruturou ações logísticas dentro das terras indígenas afetadas pela situação. Segundo Bruno Pereira, a intenção era evitar que outros lugares fossem contaminados pela diarréia, alem de controlar o problema o município.

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