MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Londres expõe o melhor da alta costura do reino britânico


Agência EFE

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    Mostra revela influências da monarquia na criação de três estilistas
Os costureiros de cabeceira de Elizabeth II estão reunidos em uma mostra em Londres que lembra, através de glamurosos vestidos, a história da alta costura britânica e o impulso que recebeu da monarquia para sua internacionalização. De Hartnell a Amies: Alta Costura com Cita Real, em cartaz no Museu da Moda e do Têxtil, reúne as criações de três estilistas que vestiram a família real britânica.
A exposição reúne 50 vestidos e 30 chapéus dos costureiros Norman Hartnell e Hardy Amies, e do chapeleiro Frederick Fox, além de suas fotografias tiradas por Norman Parkinson para a Vogue e outras publicações da época. "É uma história da moda britânica desde o início dos anos 1950, quando houve uma explosão, em grande parte devido à rainha", informou o comissário do museu, Dennis Nothdruft.
Estilo de vida - A mostra ressalta a recusa da alta costura britânica a se curvar para outras mais reconhecidas, como a francesa, e agradece o apoio da monarquia aos costureiros nacionais, sobretudo a partir da Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Um elegante vestido de seda cor champanhe desenhado por Norman Hartnell para o casamento da aristocrata Oonagh Guinness dá começo à exposição com a lembrança dos alegres anos 20.
Hartnell, que abriu seu primeiro salão em 1923 e foi responsável pelos trajes de casamento e de coroação de Elizabeth II, foi crucial para a internacionalização da moda britânica. O famoso costureiro vestiu também a rainha em sua juventude. "A monarquia foi muito importante porque ajudou a patrocinar a moda britânica ao redor do mundo como um estilo de vida", explicou Nothdruft.
Após a Segunda Guerra, em 1945, teve início a carreira do estilista Hardy Amies, que abriu esse ano uma loja na Savile Row, conhecida como a rua dos alfaiates da capital britânica. O revolucionário new look de Dior, com cinturas estreitas e volumosas saias, causaram impacto na indústria têxtil em 1947 e sua marca permanece visível em muitos dos trajes expostos de Amies, que se tornou o segundo costureiro de cabeceira da casa real britânica durante as décadas seguintes. Entre eles, destaca-se uma réplica do famoso traje azul anil que Diana Spencer vestia no dia em que se casou com o príncipe de Gales, em 1981.
Os chapéus são um ingrediente essencial da moda britânica, e a mostra assim o reflete exibindo 30 desenhos do australiano Frederick Fox, como uma recriação que fez para a rainha em 1977, para a celebração de seus 25 anos no trono. "Os chapéus da rainha deviam permitir identificá-la em qualquer ato público do qual participasse. Eles tinham outro propósito, além do da moda", comentou Nothdruft.
A tradição semeada por Hartnell, Amies e Fox foi herdada por alguns dos principais nomes da moda britânica na atualidade. "Um exemplo desta influência é Vivienne Westwood, que usa o desenho britânico de Amies e o subverte, o leva por caminhos nunca pensados antes", disse o comissário da exposição, que permanecerá no museu até 23 de fevereiro de 2013.

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