Recém-nascido foi recusado na semana passada e morreu em seguida.
Direção seleciona pacientes que darão menos despesas, diz denunciante.
Segundo esse funcionário, existem restrições para receber pacientes. “A administração do hospital passou para negar esses pacientes, para poder selecionar. Então só entra paciente, que não vai dar despesas para eles, ou seja, que vai dar lucro. Eles alegam que os leitos estão cheios, que a autoclave está queimada, que a linha de ar está cheia de água. São inúmeras justificativas. Isso está registrado na regulação [Central de Regulação] em Goiânia”, diz.
Mas, de acordo com o funcionário que faz a denúncia contra o hospital, havia dois médicos plantonistas especializados naquele plantão. “A gente tinha uma UTI pediátrica de transporte, uma UTI pediátrica de transporte manual, que duas pessoas podem pegar e colocar dentro de qualquer ambulância. A gente tinha duas ambulâncias disponíveis no pátio. A gente tinha uma ambulância USB [Unidade de Suporte Básico] do Samu [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência] na garagem, no plantão, parada.
Mãe perde filho (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
MaternidadeNa semana passada, uma família denunciou que a falta de vaga em uma UTI neonatal e de uma ambulância para fazer o transporte podem ter causado a morte de um bebê em uma maternidade de Rio Verde. Depois da morte do filho recém-nascido, Sharlene dos Santos não quis continuar no hospital e ficou muito abalada. “Era o sonho de uma vida inteira. Eu planejei tudo e deixaram o meu filho morrer”, desesperou-se a mãe durante entrevista à TV Anhanguera.
Segundo o funcionário, este não foi o primeiro caso envolvendo recém-nascido. “Um paciente nasceu prematuro em um hospital público aqui em Santa Helena. E foi solicitado a vaga para ele. Só que aí eles negaram a vaga da mesma forma. O paciente no outro dia agravou mais ainda e a família ameaçou fazer um boletim de ocorrência. Foi assim que eles aceitaram o paciente. Só que o paciente veio a óbito não resistiu”, relata o denunciante.
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