Colombo disse que já procurou Ministério da Justiça para conversa.
‘Neste momento temos a situação sob controle’, afirma governador.
O governante catarinense, em entrevista à RBS TV, disse que só irá pedir reforço federal para conter a onda de ataques no estado caso os atentados tomem proporções ainda maiores. “Se houver um recrudescimento, se houver uma necessidade, vamos buscar apoio. Eles têm conhecimento de acontecimentos em outros estados, que inclusive estão acontecendo agora. É importante esta relação. Nós queremos ajuda e estamos abertos a isso”, explicou Raimundo Colombo.
Ele admitiu que já procurou Ministério da Justiça para conversar. “Nesta hora você tem que somar todas as forças. Não tem porque fazer uma análise política. Nós estamos buscando todo o sistema de informação. Estou em contato com o ministro da Justiça (José Eduardo Cardozo), com órgãos de inteligência do governo federal e estamos trabalhando juntos. Esta integração é fundamental, este é o nosso dever”, disse.
Na manhã desta quinta-feira (15), a Polícia Militar de Santa Catarina afirmou que 30 pessoas foram detidas e 58 suspeitos identificados por envolvimento nos ataques realizados há três dias no estado. Segundo a PM, os suspeitos são de Florianópolis, Blumenau, Itajaí, Palhoça e Balneário Camboriú.
Ataques
Os ataques começaram a ser realizados na tarde da última segunda-feira (12). Até a madrugada de terça, oito ocorrências foram atendidas pela polícia no estado. Em Florianópolis, três ônibus, uma viatura da Polícia Civil e o carro de um policial militar foram incendiados. Em Blumenau, criminosos atearam fogo em um ônibus e alvejaram o presídio da cidade. Em Palhoça, uma base da Polícia Militar foi atingida por tiros.
No segundo dia, entre 19h40 de terça (13) e 2h05 de quarta-feira (14), outros dezessete ataques foram registrados. Em Florianópolis, dois contêineres e um ônibus foram incendiados. Além disso, três tiros foram disparados contra a central de videomonitoramento da PM.
Em Criciúma, dois ônibus foram incendiados, um foi apedrejado e um presídio foi alvo de tiros. Na cidade de Navegantes, dois ônibus foram também foram atacados e incendiados. Em Itajaí, cinco incêndios foram registrados pelos bombeiros. Quatro carros estacionados na rua e um ônibus, na garagem, foram atingidos com coquetel-molotov. Em Blumenau, por volta das 23h, um ônibus foi apedrejado e houve outra tentativa de incêndio a ônibus. Em Palhoça, uma ex-viatura da polícia foi incendiada.
No terceiro dia, 13 ocorrências foram registradas pela Polícia Militar, totalizando 38 ataques de segunda até as 4h desta quinta-feira (15). Em Florianópolis, um ônibus foi incendiado e dois veículos que estavam estacionados na rua também foram atingidos. Conforme a Polícia Civil, dois menores suspeitos de envolvimento foram apreendidos e encaminhados para a 6ª DP. O prédio de uma escola também foi destruído por um incêndio. Uma base da polícia no Bairro Parque São Jorge foi alvo de uma tentativa de incêndio.
Ônibus é incendiado em Palhoça,e viatura da PM é
queimada em Florianópolis durante ataques (Foto:
Paulo Schmidt e Cristiano Estrela/Agencia RBS)
Em Tijucas, na Grande Florianópolis, três ônibus foram incendiados. Em
Gaspar, no Vale do Itajaí, um ônibus foi incendiado. Em Balneário
Camboriú, no litoral Norte, a base da Guarda Municipal foi alvo de tiros
por volta das 23h30, de acordo com a PM. Em São José, na Grande
Florianópolis, a central de videomonitoramento da PM, no bairro
Barreiros, foi atingida por três disparos.queimada em Florianópolis durante ataques (Foto:
Paulo Schmidt e Cristiano Estrela/Agencia RBS)
Em Palhoça, também na Grande Florianópolis, dois ônibus e um veículo foram incendiados. O motorista e o cobrador de um ônibus ficaram feridos. Os casos ocorreram nos bairros Caminho Novo e Praia de Fora. Em Itajaí, no Litoral Norte, um veículo particular também foi incendiado durante a madrugada desta quinta-feira (15).
Já na manhã desta quinta-feira (15), no quarto dia de ataques, um ônibus foi incendiado em Itajaí, por volta das 9h.
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