MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Fabricante de 'bituqueiras' de SP cria programa de reciclagem


Empresa Bituca Verde recebe as bitucas de cigarro e envia para reciclagem.
Caixa custa R$ 55 e tem capacidade para armazenar 20 mil bitucas.

Gabriela Gasparin Do G1, em São Paulo

Acompanhando o crescimento do mercado de "bituqueiras" no país, produto cada vez mais procurado pelas empresas após a Lei Antifumo, a pequena empresa Bituca Verde, fabricante do produto em São Paulo, lançou no mercado um programa de coleta de bitucas para reciclagem.
A ideia, do empresário Fabiano Russo, é aproveitar o material descartado nas bituqueiras – que muitas vezes são jogados no lixo convencional. “Até mesmo por conta da [certificação ambiental] ISO 14.000, muitas empresas já têm que ter a coleta do material”, diz o empresário.
Fabiano Russo quer aproveitar o material descartado nas bituqueiras que fabrica (Foto: Gabriela Gasparin/G1)Fabiano Russo quer aproveitar o material descartado nas bituqueiras (Foto: Gabriela Gasparin/G1)
Para a coleta das bitucas, a empresa desenvolveu uma caixa de papelão que é vendida por R$ 55, com capacidade para 20 mil bitucas. O produto já vem com sacolas biodegradáveis para que seja possível retirar o produto da bituqueira e 'jogar' na caixa de papelão.
No programa, denominado 'Bitueco', as empresas precisam comprar essas caixas, armazenar o produto nelas e, quando estiverem cheias, enviar pelo correio para o empresário, que fará o descarte para a recicladora. “Recebemos a bituca e encaminhamos para a empresa que faz o beneficiamento”, diz o pequeno empresário. Depois de recicladas, as bitucas transformam-se em matéria-prima para a indústria, como carvão vegetal para cimenteiras e briquetes para a indústria de aço.
É mais um trabalho de conscientização de que a bituca é um lixo como qualquer outro"
Fabiano Russo, empresário
O empresário diz que já possui clientes que adotaram o programa e que, na verdade, não lucra com a reciclagem. A venda das caixas, por enquanto, ajuda nos custos para o processo de beneficiamento, explica. Segundio ele, o festival Oktoberfest, em Santa Catarina, é um dos clientes e a expectativa é reciclar 500 mil bitucas coletadas no evento.
“É mais um trabalho de conscientização de que a bituca é um lixo como qualquer outro”, diz. Ele também desenvolveu um porta-bituca de bolso, que pretende colocar à venda por cerca de R$ 4 em pontos de vendas de cigarros – para isso, está buscando parcerias com a indústria tabagista.
O negócio da empresa, contudo, é vender as bituqueiras. Criada em 2010 após o início da Lei Antifumo no estado de São Paulo, a fabricante vende hoje aproximadamente 500 unidades ao mês para todo o país. O crescimento foi de 50% em 2011, com um faturamento de R$ 850 mil. A expectativa para este ano é crescer mais 100%.

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