Estudantes de BH acham redação do Enem mais difícil que anteriores

Movimento imigratório para o Brasil no século 21 foi o tema da redação.
Candidatos que fizeram as provas na UFMG acharam as questões difíceis.

Cristina Moreno de Castro Do G1 MG

Com a reabertura dos portões, às 15h, os primeiros candidatos ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) já começaram a sair do prédio do Instituto de Ciências Exatas (Icex) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em Belo Horizonte. Todos eles comentaram terem achado o tema da redação deste ano, "Movimento imigratório para o Brasil no século 21", muito mais difícil que em anos anteriores.

Fernando Cardoso deixa o prédio do Icex, da UFMG, no 2º
dia de provas do Enem (Foto: Cristina Moreno de Castro/G1)

Primeiro candidato a sair, Fernando Cardoso, de 22 anos, disse que achou a prova deste segundo dia "difícil demais". Ele hoje atua como técnico de ar condicionado e tenta a vaga de Engenharia Civil. Não fez cursinho. Estudou sozinho para as provas do exame. Mas achou difícil a prova de matemática e disse que o tema da redação "nem passou pela cabeça".
O operador de estacionamento Guilherme Figueiró, de 18 anos, também diz que só sabia "o básico" sobre o assunto abordado. "Achei que poderia ser um tema mais interessante, como 'redes sociais'". Ele disse que não achou as outras questões, de português, matemática e inglês ou espanhol difíceis, mas que são muito cansativas, por causa dos enunciados longos.

O auxiliar administrativo Guilherme Gonçalves, de 20 anos, que tenta passar em um curso de Administração, também achou o tema "mais complicado" que em outros anos. Achou as provas de português e espanhol tranquilas, mas foi um dos primeiros a sair porque "chutou várias" das questões de matemática. Ele tenta conseguir uma bolsa para mudar de faculdade.

Guilherme Figueiró e Everton Assis saem da prova do Enem
na UFMG (Foto: Cristina Moreno de Castro/G1)

Pelo segundo dia, o taxista Everton Assis, 26, foi o primeiro a sair de sua sala. Ele diz que fez primeiro a redação e depois as outras provas, que achou mais fáceis que as de sábado (3), primeiro dia do exame. "Eu treinava redação cinco vezes por dia e levava para a professora de português corrigir. Leio jornal todos os dias, acho que fui bem", diz ele, que tenta o curso de Comunicação Social. Para relaxar da ansiedade, ele conta que não estudou nada na última semana e passou as últimas quinta e sexta-feira na Serra do Cipó.