Empresárias criaram também curso de língua portuguesa para estrangeiros.
Curso tem duração de seis meses e custa R$ 750.
No Brasil, segundo o Ministério da Justiça, só no ano passado chegaram 1,5 milhão de estrangeiros - 57% a mais que em 2010.
A escola de idiomas das empresárias Roselene Silva e Selma Fabbri oferece aulas de português para estrangeiros. Já são 70 alunos matriculados. O curso representa quase 40% do faturamento da escola, que hoje é de R$ 200 mil por mês. As aulas podem ser na escola ou na casa dos alunos.
“O curso de português da nossa escola tem como foco o seguinte, depende da nacionalidade e depende na necessidade do aluno”, afirma a empresária.
Maria Cristina Corral é espanhola e vive no Brasil com a família há quase dois anos. Quando chegou ao país, não sabia falar o nosso idioma, mas ela tirou de letra essa dificuldade.
Ela faz aulas de português uma vez por semana. Durante uma hora e meia, aprende a escrita e treina conversação, o interessante é que as aulas são na casa dela e isso facilita o aprendizado.
“Facilita muito porque a verdade é que você está aqui com todas as coisas que utiliza no dia a dia e é bem mais fácil porque, tendo alguma dúvida, em seguida pode perguntar à professora, é muito mais fácil assim”, diz Roselene.
As empresárias também criaram um curso de inglês voltado para taxistas. O objetivo é preparar os profissionais para atender aos estrangeiros que virão ao Brasil para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas, em 2016.
“Quando veio a notícia da Copa nós falamos, bom agora é o momento, agora nós vamos investir e preparar tudo para que a gente consiga ter um curso eficaz, dinâmico, rápido”, diz Selma.
O curso tem duração de seis meses e custa R$ 750. Cada turma tem cerca de 20 taxistas. Na sala de aula, os alunos aprendem escrita e até um pouquinho da gramática. Mas o foco é na conversação. Uma ferramenta indispensável na rotina de trabalho deles.
“Hoje eu não perco mais nenhum cliente estrangeiro. Ele falou duas ou três palavras eu já sei onde que o camarada vai”, afirma Josemil Custódio, taxista.
Na primeira turma, o curso capacitou taxistas das cidades de Guarulhos e São Paulo. Para o ano que vem, a escola deve montar novas turmas. Uma boa oportunidade para quem quer chegar na Copa com o inglês na ponta da língua.
“Tem uma meta de ter 15 turmas até a Copa, então aí sim ele vai ter uma representação significativa no montante, mas está indo muito bem, dentro do esperado”, diz a empresária.
Para identificar nas ruas quais são os taxistas que falam a língua inglesa, a escola criou um selo. Quem participa do curso ganha o adesivo para fixá-lo no veículo e isso para o cliente estrangeiro significa facilidade.
O americano Greg Bateman aprovou a ideia. “O taxista me entende. Ele sabe aonde eu estou tentando ir”, diz.
Para o taxista Ozéias Avelino Martins, aprender o inglês foi uma oportunidade para aumentar a renda, já que hoje consegue transportar mais passageiros.
“Facilitou muito, apesar de eu estar ainda há pouco tempo fazendo o curso, já temos uma comunicação, já dá para entender o cliente e ter um diálogo rápido dentro do carro”, diz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário