Enquanto o setor aquece, poucos profissionais chegam às construtoras.
Donos de empresas chegam a esperar três meses por engenheiros.
Dono de uma empresa construtora da Região Metropolitana do Recife, Vinícius Lopes chega a esperar quatro meses para preencher uma vaga. De acordo com ele, a falta de profissionais acaba atrasando o crescimento da construtora. “Se tivéssemos uma quantidade grande de engenheiros no mercado, nossa empresa poderia crescer em torno de 50% o ano. Hoje nós crescemos em torno de 30% devido essa falta de profissionais qualificados para a engenharia”, alega.
Atualmente, um engenheiro recém-formado ganha, em média, oito salários mínimos. São quase R$ 5 mil por mês, fora benefícios como carro, combustível, computador e moradia, tudo por fora do salário mensal. De acordo com o Conselho Regional de Engenharia em Pernambuco (Crea), 10.862 engenheiros civis estão registrados no estado, dos quais 288 se registraram só em 2012. Há cinco anos o número foi maior: 413 registros.
Com disciplinas difíceis e concorrência alta, a engenharia é um verdadeiro desafio para os estudantes. No vestibular de 2013, serão 22 candidatos por vaga, 15 a mais que em 2007. Mesmo assim, o reitor afirma que o importante é que os profissionais que cheguem ao mercado tenham qualidade na formação. “Isso mostra cabalmente que há um aquecimento e um interesse dos jovens de se tornarem engenheiros civis porque sabem que há uma demanda e há uma oferta para essa profissão", diz Carlos Calado, reitor da UPE”.
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