MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Em PE, mercado da construção está carente de engenheiros civis


Enquanto o setor aquece, poucos profissionais chegam às construtoras.
Donos de empresas chegam a esperar três meses por engenheiros.

Do G1 PE

Com o aquecimento do mercado da construção civil em Pernambuco, cada vez mais engenheiros e estudantes tem se mostrado atraídos pela região. Por conta da demanda e da falta de engenheiros civis, algumas empresas chegam a esperar meses para contratar profissionais qualificados. Atualmente, o setor é um dos principais responsáveis pelo aumento do PIB do estado, que em 2011 cresceu acima dos 15%. Em um ano, o setor criou 20 mil postos de trabalho.

Dono de uma empresa construtora da Região Metropolitana do Recife, Vinícius Lopes chega a esperar quatro meses para preencher uma vaga. De acordo com ele, a falta de profissionais acaba atrasando o crescimento da construtora. “Se tivéssemos uma quantidade grande de engenheiros no mercado, nossa empresa poderia crescer em torno de 50% o ano. Hoje nós crescemos em torno de 30% devido essa falta de profissionais qualificados para a engenharia”, alega.

Atualmente, um engenheiro recém-formado ganha, em média, oito salários mínimos. São quase R$ 5 mil por mês, fora benefícios como carro, combustível, computador e moradia, tudo por fora do salário mensal. De acordo com o Conselho Regional de Engenharia em Pernambuco (Crea), 10.862 engenheiros civis estão registrados no estado, dos quais 288 se registraram só em 2012. Há cinco anos o número foi maior: 413 registros.
No entanto, a redução não preocupa o reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), responsável pela Escola Politécnica, que completa 100 anos em 2012. Para Carlos Calado, atrasos no curso e transferência de estado são alguns dos fatores que podem explicar a diminuição na quantidade de engenheiros formados. Segundo ele, dos 200 alunos que começam o curso, 140 se formam.

Com disciplinas difíceis e concorrência alta, a engenharia é um verdadeiro desafio para os estudantes. No vestibular de 2013, serão 22 candidatos por vaga, 15 a mais que em 2007. Mesmo assim, o reitor afirma que o importante é que os profissionais que cheguem ao mercado tenham qualidade na formação. “Isso mostra cabalmente que há um aquecimento e um interesse dos jovens de se tornarem engenheiros civis porque sabem que há uma demanda e há uma oferta para essa profissão", diz Carlos Calado, reitor da UPE”.

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