MEDIÇÃO DE TERRA

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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Cidades-fantasma são atração turística fora do comum; conheça 4


Vilarejo francês foi destruído por nazistas; Pripyat teve acidente nuclear.
Núcleos ligados à mineração foram abandonados no Chile e na Namíbia.

Do G1, em São Paulo
Visitar uma cidade-fantasma é uma experiência que atrai a curiosidade de muitos viajantes e, para a sorte deles, não faltam opções desse tipo mundo afora. Motivos econômicos, sociais e ambientais muito distintos causaram o abandono de núcleos urbanos ao longo da história. Abaixo, o G1 apresenta quatro cidades-fantasma que podem ser visitadas:
Oradour sur Glane (França)
Oradour (Foto: TwoWings/Creative Commons)Oradour sur Glane foi destruída pelos nazistas (Foto: TwoWings/Creative Commons)
Era um pequeno vilarejo no centro da França. Em 1944, durante a ocupação nazista, 642 moradores foram mortos por soldados alemães, num massacre em represália às atividades de resistência na região – 189 homens foram fuzilados, e 247 mulheres e 206 crianças foram trancafiadas numa igreja, que então foi incendiada. O lugarejo foi deixado do jeito que as tropas da divisão “Das Reich” da temida SS nazista o abandonaram: deserto e com as casas queimadas. Objetos do cotidiano, como uma máquina de costurar ou uma bicicleta, seguem nas casas, formando um memorial silencioso às vítimas da 2ª Guerra Mundial. Um museu conta a história do massacre.
Imagem de satélite mostra o vilarejo destruído (Foto: Google Maps/Reprodução)Imagem de satélite mostra o vilarejo destruído (Foto: Google Maps/Reprodução)
Humberstone (Chile)
Teatro de Humberstone, no deserto do Atacama (Foto: Hermann Luyken/Creative Commons)Teatro de Humberstone, no deserto do Atacama (Foto: Hermann Luyken/Creative Commons)
Durante seis décadas, a partir de 1880, trabalhadores chilenos, peruanos e bolivianos trabalharam nas fábricas de beneficiamento de salitre, um importante fertilizante, no deserto mais árido do mundo, no norte do Chile, que hoje se encontram abandonadas. Humberstone teve uma população de quase 1.500 habitantes e ainda conserva sua zona de alojamentos, a igreja, o mercado, o hotel, o teatro e a zona industrial.
A maioria dos edifícios são construídos com pinheiros importados da América do Norte. Passeios podem ser feitos pelas instalações de Humberstone e Santa Laura, outra localidade abandonada. Juntas, elas são consideradas Patrimônio da Humanidade pela Unesco.
Kolmanskop (Namíbia)
Kolmanskop está tomada pelas dunas (Foto: Harald Süpfle/Creative Commons)Kolmanskop está tomada pelas dunas (Foto: Harald Süpfle/Creative Commons)
O acesso à cidade de Kolmanskop, que fica numa área do sul da Namíbia conhecida como Sperrgebiet (“terra proibida”, em alemão), se dá por Lüderitz, localidade mais próxima, onde é necessário conseguir uma permissão do governo para fazer a visita. Essa autorização é uma reminiscência da época em que o vilarejo ainda era destino de caçadores de diamantes. O auge de Kolmanskop foi na década de 1920. Em 1956, ela foi definitivamente abandonada, e desde então vem sendo tomada por dunas.
Pripyat (Ucrânia)
Roda gigante no parque de diversões de Pripyat: a cidade que em outros tempos tinha uma população jovem, ficou parada no tempo. (Foto: Dennis Barbosa/G1)Roda gigante no parque de diversões de Pripyat: a cidade que em outros tempos tinha uma população jovem, ficou parada no tempo (Foto: Dennis Barbosa/G1)
Além de curiosidade, é preciso ter certa dose de coragem para visitar o palco do maior acidente nuclear da história. Pripyat é talvez a mais famosa cidade-fantasma do mundo. Lá viviam os trabalhadores da planta nuclear de Chernobyl , que entrou em colapso em 1986.
A visita pode ser contratada com agências turísticas em Kiev. O local ainda apresenta radioatividade, por isso cada um dos visitantes tem que assinar um termo isentando os organizadores de qualquer responsabilidade.
Brinquedo abandonado na praça central de Pripyat. (Foto: Dennis Barbosa/G1)Brinquedo abandonado na praça central de Pripyat (Foto: Dennis Barbosa/G1)
Quando aconteceu o acidente, todas as pessoas num raio de 30 quilômetros foram retiradas de Pripyat. A evacuação da cidade aconteceu em apenas duas horas. Os moradores foram avisados de que deveriam deixar o local apenas com documentos, e que voltariam quatro dias depois.
Pripyat tinha uma população jovem na época do acidente – a idade média dos quase 50 mil moradores era de 24 anos. Também havia muitas crianças. Eles nunca mais regressaram. Tudo foi abandonado subitamente.
A entrada na cidade se dá pela Avenida Lênin. O mato toma conta da praça principal e os edifícios estão caindo aos pedaços. No topo de um deles, a foice e o martelo lembram que aquela já foi uma cidade-modelo da União Soviética. Na Escola Número 2 de Pripyat, o material escolar está espalhado por todas as partes. O parque de diversões, com sua roda gigante e pista de carrinhos, é uma das visões mais conhecidas do lugar.

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