Água quente e concentração de aves por metro quadrado devem ter contribuído pela mortandade
Sandro Villar - O Estado de S. Paulo
PRESIDENTE PRUDENTE - O forte calor dos últimos dias
matou meio milhão de galinhas em fase de produção na maioria das 120
granjas de Bastos (SP), cidade conhecida como a Capital do Ovo. Mesmo
com ventilação, a temperatura chegou a 40 graus e causou a mortandade.
"Morreram 500 mil galinhas, a temperatura, de 40 graus, foi muito alta e
esquentou a água dos barracões. A água quente e a grande concentração
de aves por metro quadrado também contribuíram para causar a morte das
galinhas", diz Francisco Oura, de 53 anos, encarregado da compra e venda
da Cooperativa Avícula de Bastos. Pintinhos e frangos não foram
atingidos. A preocupação dos produtores, agora, é comprar pintinhos para repor o estoque das galinhas que morreram. "Eles vêm fazendo a reposição para voltar à produção normal, as galinhas começam a botar ovos quando chegam aos quatro meses de vida", afirma, acrescentando que a reposição vai demorar um ano. Enquanto isso, um novo aumento no preço do ovo não está descartado. "Em dezembro deve ter reajuste", completa o representante dos produtores.
Antes da mortandade, as galinhas de Bastos botavam 16 milhões de ovos por dia. A cidade representa 50% da produção de ovos do Estado de São Paulo e 22% da produção do Brasil. Apesar da produção expressiva, Bastos ainda não exporta ovos.
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