MEDIÇÃO DE TERRA

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sábado, 17 de novembro de 2012

Ao ver violência em SC, Guga teme que país não aproveite bom momento


Ex-número 1 do mundo pede mudanças: 'Talvez esse tempo passe rápido'

Por Alexandre Cossenza Rio de Janeiro

Gustavo Kuerten Guga tênis Rocinha coletiva (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Guga mostra-se assustado com a violência em SC
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Gustavo Kuerten já passou por cenário parecido no tênis. Venceu Roland Garros três vezes e viu o tênis ganhar milhares de praticantes. Guga, no entanto, também presenciou o quanto a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) deixou de aproveitar o período. O "boom" da Era Guga ficou para trás, e o país não conseguiu desenvolver novos talentos. Nesta sexta-feira, ao comentar os violentos ataques da semana em Santa Catarina, o ex-número 1 do mundo vislumbrou um tela parecida sendo pincelada. Enquanto o país vive um bom momento econômico e se prepara para receber a Copa do Mundo e as Olimpíadas, pouco vem mudando no âmbito social.
- Um atendimento, uma mudança de paradigma, uma educação, saúde... São os pilares fundamentais de vida de nosso país. Está precisando mais seriedade. Eu tive uma experiência específica do tênis, em 1997, e a gente está até hoje tentando montar um sistema e aproveitar aquilo que cresceu lá. Temos Olimpíadas, Copa do Mundo, economia, tudo dando certo para o Brasil dar uma grande virada. Fico muito preocupado porque talvez esse tempo passe rápido e terá sido pouco aproveitado um momento tão grandioso - disse.
Na entrevista coletiva, realizada na zona sul do Rio de Janeiro, Guga também recebeu Novak Djokovic, atual líder do ranking mundial. Os dois vão disputar uma partida de exibição neste sábado, às 18h30m (de Brasília), no Maracanãzinho. Entre trocas de elogios com o tenista sérvio, o brasileiro lembrou que a polícia de Santa Catarina sofre com o baixo número de policiais, mas frisou que o crime pode ser combatido nas origens.
- A gente tem uma defasagem enorme de policiais em Santa Catarina. A intervenção policial é até um certo ponto eficaz, mas não entendo como, nesta situação atual do Brasil, permitem que aconteça esse tipo de coisa. As pessoas precisam de condições decentes de vida. Não consigo conceber que um jovem com uma experiência normal de vida vá escolher esse lado (do crime). Se tiver o mínimo de condições, de decência, uma condição razoável de vida, não vai escolher esse caminho menos indicado - disse.

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