MEDIÇÃO DE TERRA

MEDIÇÃO DE TERRA
MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Agrônomos colhem novas cultivares de guaraná lançadas no Amazonas


Guaranazeiros são mais resistentes a doenças e dispensam agrotóxicos.
Plantas começam a frutificar mais cedo, dois anos após o plantio.

Do Globo Rural
Cultivares de guaraná lançadas no ano passado pela Embrapa estão em período de colheita no Amazonas. Elas são mais resistentes às principais doenças que afetam as lavouras e apresentam maior produtividade.
O Amazonas já foi o maior produtor do país, chegando a colher duas mil toneladas por ano, mas doenças como a antracnose, que deixa as folhas ressecadas e pode matar a planta, prejudicaram as plantações no estado. O posto hoje é ocupado pela Bahia.
"Além da antracnose, temos duas doenças que são chamadas popularmente de super brotamento. Ela devia produzir um único ramo. Então, ela está produzindo vários ramos. Esses ramos não produzem folhas e não produzem flores. Portanto, não frutificam", diz José Clério Rezende, agrônomo da Embrapa.
Há 36 anos, a Embrapa desenvolve um projeto de melhoramento genético das plantas. Dezesseis cultivares foram criadas até hoje. As mais recentes são: BRS Cereçaporanga, BRS Mudurucânia, BRS Luzéia e BRS Andirá. Os clones ganharam nomes regionais e resistência para sobreviver por mais tempo na natureza.
Os novos guaranazeiros, que são mais resistentes a doenças, dispensam o uso de agrotóxicos. As plantas também começam a frutificar mais cedo, dois anos depois do plantio.
"Algumas regiões do Estado, alguns municípios como Presidente Figueiredo e Itacoatiara, já tão usando esse material em 100% da área. A gente tem notado que a produção está muito boa, em torno de 400 a 500 quilos por hectare, quanto no estado essa média é de 200 quilos por hectare", diz André Atroch, agrônomo da Embrapa.
Além das cores, as cultivares trazem novas características. "O teor da cafeína desse nosso material, desses clones, está em torno de 4%. Já esses guaranás vindos de solo ficam em torno de 3% a 3,5%", diz Firmino José, agrônomo da Embrapa.
A última produção do Amazonas chegou a 800 toneladas. Com uma produção mais rápida e sadia o Amazonas quer voltar aos tempos áureos do guaraná. As novas cultivares devem estar disponíveis aos produtores em 2013.

Nenhum comentário:

Postar um comentário