MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Advogados de defesa e acusação debatem teses em frente ao fórum


Defensores dos réus e da família de Eliza Samudio falam sobre teses.
Bruno e mais quatro réus começam a ser julgados pela morte da jovem.

Pedro Triginelli Do G1 MG
Advogados de defesa e acusação movimentam a entrada do Fórum de Contagem, na manhã desta segunda-feira (19). O goleiro Bruno e mais quatro réus começam hoje a ser julgados pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio.

Advogado Francisco Simim, de Dayanne e de Bruno (Foto: Pedro Triginelli/G1)Advogado Francisco Simim, de Dayanne e de Bruno
(Foto: Pedro Triginelli/G1)
O advogado Francisco Simim, que defende Bruno e a ex-mulher Dayanne Rodrigues, disse estar confiante na absolvição de seus clientes. “Hoje é o início. Vamos iniciar com o pé direito. Eles (acusação) não conseguiram construir a prova para a condenação. Esperamos pela absolvição de Dayanne e de Bruno”, disse o defensor na porta do Fórum de Contagem. Ele e o advogado Rui Pimenta coordenam a defesa do goleiro.
O advogado da família de Eliza Samudio, José Arteiro Cavalcante Lima, que é assistente do promotor neste julgamento, ironizou sobre a declaração do advogado Rui Pimenta, que defende o goleiro, sobre a escalação do atleta para a Copa de 2014. “Qualquer pessoa de inteligência média sabe que a Eliza morreu. Ela está morta. Ele vai jogar é no time da Hungria, Nelson Hungria”, disse.
Convidado pela defesa do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, um dos acusados do crime, o perito criminal George Sanguinetti está no fórum para, segundo o advogado Fernando Magalhães, mostrar a ausência de materialidade da morte de Eliza. “A perícia não encontrou nada na casa do Bola. Não existe prova de que ela [Eliza Samudio] esteve lá [na casa do Bola]. Vamos apresentar à juíza e aos jurados isso. Não havia DNA, cabelo ou marca de sangue [no sítio do Bruno]. Não há provas de que houve agressões no sítio", disse o perito. “O [George] Sanguinetti vai esclarecer a ausência de provas de materialidade. Estamos confiantes de que seja feita a justiça", completou o advogado Fernando Magalhães.
Em frente ao fórum, familiares de Bola carregavam uma faixa com frases como: "Marcos, sentimos sua falta" e "acreditamos na sua inocência".
Os réus serão julgados por um grupo de sete pessoas, formado por cidadãos maiores de 18 anos residentes em Contagem (MG), sem antecedente criminal ou parentesco com os acusados. Eles são sorteados um a um ao início da sessão entre 25 pessoas previamente escaladas. A juíza Marixa pediu também que suplentes estejam à disposição.
José Arteiro Cavalcante Lima, advogado da família de Eliza (Foto: Pedro Triginelli/G1)José Arteiro Cavalcante Lima, advogado da família de Eliza
(Foto: Pedro Triginelli/G1)
A defesa de cada réu, e em seguida a acusação, podem recusar três jurados sem justificativa na medida em que vão sendo sorteados, até formar o Conselho de Sentença. Os sete jurados ficam confinados até o final do julgamento e não podem conversar entre si sobre o caso. A acomodação e alimentação são custeadas pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, que prevê um gasto de R$ 35 mil com o júri.

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