Ele comentou sobre a saída dos defensores de Bola e de Macarrão do júri.
Rui Pimenta diz que possível desmembramento favorece o goleiro.
De frente, o advogado Rui Pimenta. De costas, o advogado
Francisco Simim (Foto: Maurício Vieira/G1)
O advogado do goleiro Bruno, Rui Pimenta, disse, na saída do Fórum de
Contagem, na tarde desta segunda-feira (19), que não vai abandonar seu
cliente. Ele comentou a saída dos advogados de Marcos Aparecido dos
Santos - o Bola; e de Luiz Henrique Romão - o Macarrão, que anunciaram o
abandono do júri. Os três são julgados, junto com Dayanne Rodrigues e Fernanda Gomes de Castro, pelo desaparecimento e morte de Eliza Samudio.Francisco Simim (Foto: Maurício Vieira/G1)
"O Bruno está esperançoso. O Bruno está cansado de cadeia, doido pra sair e comer uma picanha mal passada. Pra isso, ele precisa de um alvará de soltura. Por isso vamos continuar no júri", disse Pimenta à imprensa, na porta Fórum, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Segundo o defensor, não é razoável que os defensores dos outros réus reclamem dos 20 minutos dados pela juíza para a apresentação dos argumentos preliminares.
Segundo Pimenta, caso o júri caminhe para um desmembramento, a medida pode favorecer seu cliente. "Este desmembramento favorece, de certa forma (ao Bruno), porque diminui o tempo de julgamento. Acho que, assim, não dura mais que quatro dias".
Eliza viva?O advogado disse, ainda, que tem uma pessoa em São Paulo, em contato com ele, procurando por Eliza Samudio em um hotel, que não teve o nome reveleado, após uma denúncia. Uma testemunha teria falado ao defensor que viu Eliza. "Neste momento, tem alguém procurando a Eliza em hotel em São Paulo", disse Pimenta. Ele ainda afirmou que, apesar do surgimento desta testemunha, ela não pode mais ser arrolada pela defesa do goleiro, porque já foram apresentados as testemunhas para o júri.
A juíza interrompeu a sessão para almoço, por volta das 13h30 desta segunda-feira. Após o intervalo, que deve durar uma hora, ela deve decidir sobre a continuidade ou não da sessão do júri.
Para o assistente de acusação José Arteiro Cavalcante, o tempo de 20 minutos é suficiente, e a confusão é uma estratégia da defesa. Os advogados dos réus querem adiar o julgamento, diz ele. "Eu já esperava isso. Vinte minutos para defesa é tempo de sobra, não há mais o que a defesa falar no processo", disse.
Zanone de Oliveira Júnior, que defende Bola, se mostrou indignado com a decisão. "Aqui em Contagem parece que existe outro Código Penal, que não é o Código Penal Brasileiro", reclamou. "O que a juíza está fazendo aqui não existe. Vinte minutos para defesa falar é é muito pouco", disse.
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