MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

domingo, 7 de outubro de 2012

Venezuela vai às urnas em eleição que pode dar 3º mandato a Chávez


Presidente enfrenta Henrique Capriles, que conseguiu mobilizar oposição.
Venezuelanos temem que resultado apertado provoque distúrbios no país.

Do G1, com agências internacionais

Quase 19 milhões de venezuelanos estão convocados a votar neste domingo (7), na eleição em que, pela primeira vez, a oposição ameaça por fim ao governo do presidente Hugo Chávez, há 14 anos no poder, que busca o terceiro mandato para governar o país até 2019.

O ex-governador do populoso estado de Miranda, Henrique Capriles, reduziu nas últimas semanas a desvantagem em relação a Chávez, embora o presidente, de 58 anos, continua sendo o favorito, segundo a maioria das pesquisas.
Fotos mostram caminhadas de eleitores de Capriles e Chávez, em Caracas (Foto: Leo Ramirez e Juan Barreto / AFP)Fotos mostram caminhadas de eleitores de Capriles e Chávez, em Caracas (Foto: Leo Ramirez e Juan Barreto / AFP)

A incerteza também afeta o mercado. Em análises a seus clientes, na sexta-feira, o banco Credit Suisse disse que Chávez tem vantagem, enquanto o Barclays apontou que Capriles tem chances.

Ex-militar que diz comandar uma revolução socialista, Chávez se mantém popular graças ao seu carisma e a programas sociais financiados pelo petróleo.
Capriles faz campanha prometendo se inspirar na esquerda moderada que governa o Brasil, e explorando a insatisfação popular com a criminalidade, o desemprego e a precariedade dos serviços públicos.

Desde o começo da campanha em julho, Capriles percorreu quase 300 localidades, enquanto Chávez, que se recuperou de um câncer diagnosticado no ano passado, aumentou o ritmo da campanha nos últimos dias, visitando seis estados na última semana.

Muitos venezuelanos temem que um resultado apertado gere acusações de fraude e protestos, numa sociedade já polarizada e com grande número de armas ilegais. Na sexta-feira, os supermercados ficaram lotados com pessoas querendo comprar mantimentos, precavendo-se contra eventuais distúrbios.

Na reta final da campanha, três ativistas de oposição foram mortos num comício, e houve tiros e pedradas em alguns eventos. Não ocorreu, no entanto, a violência sistemática que muitos temiam antes da campanha.

Chávez diz repetidamente que a oposição está preparada para usar a violência a fim de reverter sua derrota, e seus críticos mais estridentes dizem que o presidente poderia se recusar a entregar o cargo se perder.
Venezuelana passa diante de cartazes de campanha de Chávez e Capriles, em Caracas (Foto: Rodrigo Arangua / AFP)Venezuelana passa diante de cartazes de campanha de Chávez e Capriles, em Caracas (Foto: Rodrigo Arangua / AFP)


Urnas eletrônicas
Os venezuelanos votarão pela primeira vez num sistema totalmente automatizado, “blindado” contra fraudes, segundo a Comissão Nacional Eleitoral, órgão que realiza as eleições, que utiliza uma identificação eletrônica por digital.

Os dois lados manifestam confiança no sistema de urnas eletrônicas, e vão mobilizar fiscais em 13.800 zonas eleitorais do país.

As autoridades não permitiram a presença formal de monitores internacionais, mas a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) e o Centro Carter têm equipes na Venezuela.

As urnas serão abertas às 6 horas locais (7h30 de Brasília) e fecham a partir das 18 horas (19h30). O resultado pode sair a qualquer momento após as 19h30 do Brasil.

As aulas estão suspensas em todo o país desde terça-feira. Desde sexta o porte de armas e a venda de bebidas alcoólicas está proibida. Cerca de 140.000 militares cuidarão da segurança durante a votação.

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