MEDIÇÃO DE TERRA

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quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Vacinação da aftosa na fronteira pode ser prejudicada em MT, diz sindicato


A vacinação é acompanhada pelos fiscais do Indea junto aos produtores.
Sindicato alega falta de estrutura do Indea para combater a doença na fronteira.

Vívian Lessa Do G1 MT

Mato Grosso não faz fronteira com país, mas está há 15 anos sem foco. (Foto: Leandro J. Nascimento/G1)Mato Grosso está há 15 anos sem foco
(Foto: Leandro J. Nascimento/G1)
Os produtores de Mato Grosso que fazem fronteira com a Bolívia deveriam estar ocupados com a aquisição das vacinas contra a febre aftosa para imunizar o rebanho bovino, mas a preocupação do setor é que a campanha de vacinação fique prejudicada devido a falta de estrutura do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea).
A vacinação nos animais será realizada entre os dia 1º e 30 de novembro, no entanto, o trabalho de fiscalização e orientação terá início na próxima semana. “Isso se tiver veículos funcionando para que os fiscais consigam ir até as propriedades”, reclama a presidente do Sindicato Estadual dos Servidores do Sistema Agrícola Agrário e Pecuário (Sintap-MT), Diany Dias.
Segundo ela, dos 282 veículos que o órgão possui apenas 254 estão funcionando. “O governo depositou R$ 526 mil para que os carros sejam revisados e reformados, mas não liberou o orçamento para o investimento na frota”, explica. De acordo com a representante dos servidores, as melhorias na estrutura do Indea prometidas pelo governo ainda não atendem as reivindicações da categoria.
“Está tudo muito demorado, o que pode prejudicar a campanha de vacinação contra aftosa na segunda etapa do ano”, diz. Outros R$ 700 mil foram direcionados ao Indea para o pagamento de fornecedores, funcionários e terceirizados. Ela afirma que, com a atual estrutura do órgão, os fiscais não conseguiram fazer um bom trabalho na campanha de vacinação.
O coordenador de defesa agropecuária do Indea, Alisson Cericatto, a vacinação assistida, ou seja, o acompanhamento dos fiscais no momento em que o produtor está vacinando o gado, é obrigatória em todas as propriedades situadas na região da fronteira com a Bolívia. No restante do estado, estimasse que a vacinação com apoio dos servidores do Indea será feita em 2% do total de fazendas em cada município.
João Oliveira Gouveia, produtor de Cáceres, município distante a 250 quilômetros de Cuiabá, se mostra preocupado com a situação, já que a participação dos fiscais do Indea durante a vacinação do rebanho é necessária para certificar que o estado permanece livre da aftosa. “Oferece mais segurança para a questão comercial”. Conforme ele, na região somam aproximadamente 2 mil produtores que criam cerca de 850 mil animais.
Sobre a situação calamitosa do Indea, o presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), José Bernardes, afirma que demonstra um desrespeito do governo para o setor. “Representamos 70% do PIB do estado mas não estamos sendo valorizados”.
Campanha
Em novembro todo o rebanho bovino de Mato Grosso, de todas as idades, deve ser imunizado contra a febre aftosa. Somam cerca de 29 milhões de animais, sendo o maior rebanho do país. A multa para o produtor que não vacinar seu gado é salgada. Para cada animal não vacinado terá que pagar 2,25 UPFs - Unidades de Padrão Fiscal – equivalente a R$ 104,10.

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