Carol Aquino A TARDE
Ingressar em uma empresa multinacional no Brasil é considerado o caminho mais provável para trabalhar fora do País, mas somente naquelas que têm uma cultura de intercâmbio.
A Monsanto investe na área para qualificação de seus funcionários. Um deles foi o tecnólogo de manufatura Emanuel Moreira, 42 anos, que passou dois anos na unidade da empresa em Louisiana, nos Estados Unidos. "Pelo fato de a unidade ser maior que a da Bahia, me deparei com problemas que no Brasil levaria muito tempo para ver. Me desenvolvi profissionalmente, sem falar que o inglês melhorou", explica. Ele destaca o aprendizado pessoal. "Passei também a ser mais direcionado porque o americano é mais pragmático", acrescenta.
Já nas Organizações Odebrecht, faz parte da rotina ser convocado para projetos no exterior. O responsável por pessoas e organizações da América Latina, Edson Lemos, diz: "A primeira pergunta que fazemos durante a seleção é se a pessoa tem mobilidade". Além de atender a demandas internas, Lemos ressalta os outros ganhos: "Cada lugar desse é uma universidade viva, é poder aprender pelo trabalho e trocar experiências com pessoas que têm mais tempo de casa". Quem se sai bem nessas 'missões' chega a assumir posições de liderança.
Foi esse caminho pelo qual passou Gustavo Motta, hoje coordenador de pessoas & organização na Bahia em uma das empresas em que a Odebrecht é sócia. Ao ingressar no grupo em 2008 pelo programa de trainee, foi enviado para a África, em Djibuti, passou ainda pelos Emirados Árabes e Guiné, até retornar este ano ao Brasil. "Fui aprendendo com o trabalho e com as dificuldades da nova cultura. Investi nessa oportunidade, faz parte do meu perfil de querer sempre mais", conta. Na organização, é mais provável que assuma cargos mais altos quem teve experiência em mais unidades
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