MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Queijo feito na Serra da Canastra é primeiro a conseguir Selo de Origem


Por enquanto o Queijo Canastra só pode ser vendido no estado de MG.
Produto garante o sustento de dezenas de famílias do estado.

Do Globo Rural

O queijo da Serra da Canastra, em Minas Gerais, foi um dos primeiros produtos a conseguir o Selo de Origem no Brasil. O queijo canastra, produzido entre as montanhas, é o sustento de dezenas de famílias.
Na fazenda do produtor de queijo Luciano Carvalho Machado, no município de Medeiros, no centro-oeste do estado, são 33 animais, com produção de 320 litros de leite por dia. Na propriedade são preparados 40 quilos de queijo canastra por dia. A receita é tradicional na região, mas desde que houve a aprovação do INPI, em março deste ano, nem todos os produtores poderão usar o nome que deixou a receita conhecida. A área foi delimitada.
Agora, com o Selo de Origem, a marca Queijo Canastra, só poderá ser usada nos sete municípios que compõem a região: Bambuí, Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, São Roque de Minas, Vargem Bonita e Tapiraí.
Para que a certificação fosse aprovada os produtores tiveram que demonstrar que fabricam um produto com as mesmas características históricas que diferenciam a receita, como a fabricação do próprio fermento, chamado na região de pingo, que dá mais consistência e sabor ao queijo. Outro importante aspecto foi o comprometimento com a qualidade e padronização do produto. Foram estabelecidos três formatos para a comercialização. O maior produto pesa uma média de sete quilos. As normas sanitárias já eram exigência de órgãos estaduais.
Para produzir o queijo é preciso estar adequado as normas de produção do Instituto Mineiro de Agropecuária, que estabelecem, entre outras exigências, o isolamento da queijaria e o tratamento da água. Hoje, de 1.785 produtores, apenas 17 estão prontos.
O produtor de queijo José Baltazar da Silva investiu R$ 30 mil para fazer adequações como a troca das prateleiras de estocagem e da bancada, que agora é de aço inoxidável. Com a certificação, o produtor espera ter um mercado mais seguro.
Com o registro do Instituto Nacional de Propriedade Industrial, a associação dos produtores pretende combater o maior problema que enfrenta: os queijos feitos de forma semelhante e que ganham mercado com a fama conquistada pelo canastra em todo o país.
Por enquanto o queijo canastra só pode ser vendido no estado de Minas Gerais. Para que a comercialização seja liberada para todo o país, os produtores ainda dependem da regulamentação do Serviço de Inspeção Federal (SIF).

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