Ordenha caiu de 8 para quatro litros diários durante a estiagem.
Período prejudicou em 70% a economia da região, segundo Emater.
Norberto Lagaça durante ordenha em propriedade rural de Cacoal (Foto: Paula Casagrande/G1)
Em 2012, os pequenos produtores leiteiros de Cacoal,
RO, sentiram no bolso a falta de chuva dos três últimos meses – julho,
agosto e setembro. A queda na produção chegou a 50%. Em outubro, mês em
que começa o período chuvoso, produtores como Norberto Lagaça já começa a
perceber uma evolução da ordenha.Há 10 anos trabalhando com produção leiteira, o trabalhador rural diz que a estiagem deste ano foi difícil. “Com a falta de chuva, sofremos sem o pasto. Tive queda na produção de leite de até 50% na produção. As vacas que produziam até oito litros por dia passaram a dar, no máximo, quatro litros”. diz Lagaça, que afirma produzir 320 litros por dia, na época de chuva.
Produção leiteira começa a ser normalizada
(Foto: Paula Casagrande/G1)
O tanque de armazenagem e refrigeração de leite da propriedade rural
tem capacidade para até mil litros e passou os últimos três meses
desligado.(Foto: Paula Casagrande/G1)
O mínimo para manter o investimento funcionando seria 100 litros. “Como a produção não era suficiente, tive que desativar o tanque, mas já foi reativado este mês”, conta o produtor.
Para suportar o período, Floriano Noibal empreendeu a técnica de silagem. “Tive que comprar pés de milho de um vizinho, misturar com soja e dar para as vacas comerem, pois não tinha pasto. Foi uma forma de enfrentar o tempo seco sem zerar a produção”, explica Noibal.
Segundo Wesley Gama, extensionista rural da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), a estiagem deste ano prejudicou em 70% a economia da região. "A agropecuária, em especial a produção leiteira, é carro-chefe na economia municipal. Quando uma atividade primária como a produção de leite vai mal, a economia também sente".
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