MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Produção leiteira em Cacoal, RO, aumenta com a chegada da chuva


Ordenha caiu de 8 para quatro litros diários durante a estiagem.
Período prejudicou em 70% a economia da região, segundo Emater.

Paula Casagrande Do G1 RO

Produção leiteira começa a ser normalizada com chegada do período chuvoso (Foto: Paula Casagrande/G1)Norberto Lagaça durante ordenha em propriedade rural de Cacoal (Foto: Paula Casagrande/G1)
Em 2012, os pequenos produtores leiteiros de Cacoal, RO, sentiram no bolso a falta de chuva dos três últimos meses – julho, agosto e setembro. A queda na produção chegou a 50%. Em outubro, mês em que começa o período chuvoso, produtores como Norberto Lagaça já começa a perceber uma evolução da ordenha.
Há 10 anos trabalhando com produção leiteira, o trabalhador rural diz que a estiagem deste ano foi difícil. “Com a falta de chuva, sofremos sem o pasto. Tive queda na produção de leite de até 50% na produção. As vacas que produziam até oito litros por dia passaram a dar, no máximo, quatro litros”. diz Lagaça, que afirma produzir 320 litros por dia, na época de chuva.
Produção leiteira começa a ser normalizada com chegada do período chuvoso (Foto: Paula Casagrande/G1)Produção leiteira começa a ser normalizada
(Foto: Paula Casagrande/G1)
O tanque de armazenagem e refrigeração de leite da propriedade rural tem capacidade para até mil litros e passou os últimos três meses desligado.
O mínimo para manter o investimento funcionando seria 100 litros. “Como a produção não era suficiente, tive que desativar o tanque, mas já foi reativado este mês”, conta o produtor.
Para suportar o período, Floriano Noibal empreendeu a técnica de silagem. “Tive que comprar pés de milho de um vizinho, misturar com soja e dar para as vacas comerem, pois não tinha pasto. Foi uma forma de enfrentar o tempo seco sem zerar a produção”, explica Noibal.
Segundo Wesley Gama, extensionista rural da Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), a estiagem deste ano prejudicou em 70% a economia da região. "A agropecuária, em especial a produção leiteira, é carro-chefe na economia municipal. Quando uma atividade primária como a produção de leite vai mal, a economia também sente".
Segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o nível pluviométrico dos meses julho, agosto e setembro, somados, foi menor que 50 milímetros. Em outubro, até hoje já choveu no município 165,6 milímetros.

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