MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Procon diz que vai apurar aumento do preço da gasolina em postos do RS


Após período de escassez, combustível subiu subiu até R$ 0,10 por litro.
ANP diz que alta é injustificável e promete acionar o MP e o Cade.

Do G1 RS

O Procon do Rio Grande do Sul anunciou nesta terça-feira (23) que vai investigar o aumento de preços da gasolina praticado por postos de combustível do estado. A escassez do produto provocada pelo mau tempo dos últimos dias elevou o preço nas bombas em vários estabelecimentos de Porto Alegre e do interior.
Ó órgão de defesa do consumidor diz que solicitou ao escritório regional da Agência Nacional do Petróleo (ANP) informações sobre os preços praticados para o consumidor antes do episódio do desabastecimento e os preços que serão aplicados após a normalização da situação.
De acordo com o diretor do Procon estadual, Cristiano Aquino, o objetivo é avaliar se está ocorrendo elevação sem justa causa do preço. “Analisaremos a situação após o recebimento das informações para decidirmos se alguma medida deve ser tomada” diz Aquino.
De acordo com a ANP, o problema foi causado pelo mau tempo, que impediu os navios de descarregarem petróleo no terminal marítimo de Tramandaí, no Litoral Norte. De lá, a matéria-prima é transportada via dutos até a Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, onde é processada e distribuída para 80% dos postos do estado.
Após mais de 10 dias de escassez, o fornecimento de gasolina voltou ao normal nesta terça-feira (23) na maioria dos postos. Mas o preço antigo, não. Só na semana passada, o aumento foi de 1,2% em alguns estabelecimentos.
Desde que o problema começou, a gasolina subiu R$ 0,10 por litro em um dos posto de Porto Alegre. Isso porque o combustível foi trazido do Paraná e de Santa Catarina. O custo do frete foi repassado ao consumidor.
A Refap, no entanto, garante que custeou o transporte da gasolina trazida de outros estados para as distribuidoras. Por isso, a ANP diz que não havia motivos para o aumento e que o ganho das distribuidoras aumentou 0,5% só na última semana.
“Os preços têm, necessariamente, que voltar ao padrão que estavam antes do problema de desabastecimento. Se isso não ocorrer, nós vamos fazer uma representação no Ministério Público e ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) para que proceda uma investigação criminal contra os responsáveis pela prática abusiva de preços”, afirma o coordenador regional da agência reguladora, Edson Silva.
Já a Associação de Postos Independentes (Redeox), que representa os estabelecimentos conhecidos como de bandeira branca, diz que está compensando o prejuízo pelo deixou de ser vendido.
“No momento em que o revendedor deixa de receber o produto, automaticamente ele vai perder vendas e vender menos. Consequentemente, sua margem vai ficar menor. Então, ele tem que repassar esse custo”, diz o presidente da associação, Gilberto de Oliveira.
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Rio Grande do Sul (Sulpetro), a falta de gasolina pode se repetir não só no estado mas também em outras regiões do país, já que o Brasil tem que importar quase a metade do que é consumido.
“De sete anos pra cá, quase duplicou a fabricação de carros, mas a produção de gasolina não acompanhou o mercado”, analisa o presidente do Sulpetro, Adão Oliveira.

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