MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 27 de outubro de 2012

Pacientes denunciam superbactéria e lotação em hospital de Bonsucesso


Defensoria e Ministério Público Federal entraram com ação contra unidade.
Emergência tem quase o dobro de pacientes da capacidade de atendimento.

Do G1 Rio

Parentes de um idoso internado no Hospital Geral de Bonsucesso (HGB), no subúrbio do Rio de Janeiro, denunciam que ele contraiu uma bactéria resistente em uma das unidades de emergência provisória, como mostrou o RJTV. Pacientes também apontam superlotação no HGB. A Defensoria Pública e o Ministério Público Federal entraram com uma ação contra o hospital.
No início da tarde deste sábado (27), quem buscou atendimento no local precisou voltar pra casa. “Todos os pacientes ficam ‘pendurados’. Não tem cadeira nem cama. Parece que são todos uns cachorros”, esbraveja a dona de casa Regina Célia.
Um documento, entregue por uma funcionaria que não quis se identificar, dá conta de 57 pacientes na Unidade de Suporte de Emergência. A capacidade de atendimento são 39 por dia, de acordo com a Defensoria Pública Federal.
Superbactéria
Mas esse não é o problema mais grave. No dia 8 de outubro, um laudo da Divisão de Engenharia do hospital alertava para o risco de contaminação por uma superbactéria.
O paciente José Albino, de 81 anos, foi diagnosticado com enterococos resistente à vancomicina (VRE), que é uma bactéria com grande resistência a antibióticos. O aposentado, que tem problemas cardíacos, deu entrada na Unidade de Suporte e Emergência no dia 26 de setembro, onde ficou internado até o início desta semana, quando, finalmente, conseguiu uma vaga no hospital.
“É um atendimento inadequado, em um local apertado, sem condições higiênicas. Uma solução, que nasceu para ser provisória, tornou-se definitiva”, criticou o defensor público Daniel Macedo.
O suporte de emergência do HGB funciona em containers. Foi criado como uma medida temporária, para que a antiga emergência fosse reformada. A Defensoria Pública encaminhou um ofício à direção do HGB, que tem prazo de 48 horas para responder aos questionamentos.
“É uma situação que pode colocar em risco a vida de algumas pessoas que estejam presentes no hospital, principalmente as pessoas mais debilitadas”, afirmou Alberto Chabebo, infectologista do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj).
A Polícia Federal informou que o diretor-geral do hospital e o diretor de engenharia serão intimados a depor. Em nota, a assessoria do hospital informou que foram tomadas as medidas necessárias para evitar a contaminação e que o paciente está isolado. O hospital informou ainda que a unidade está em obras para ampliar e melhorar sua infraestrutura.

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