Fabiana Mascarenhas A TARDE
As pesquisas do francês Haroche, no entanto, contam com a contribuição de dois cientistas brasileiros: Luiz Davinovich e Nissin Zagury, ambos professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os cientistas colaboram com os estudos de Haroche desde 1980.
"Temos trabalhos publicados em coautoria e basicamente desenvolvemos a parte teórica das pesquisas. Ficamos muito felizes em ver Haroche como um dos premiados do Nobel", declarou Luiz Davinovich.
Serge Haroche e David Wineland foram pioneiros no campo de estudos que hoje é conhecido como óptica quântica. Seus trabalhos ganharam aplicações na construção de relógios de alta precisão e permitiram dar os primeiros passos em direção à construção de um novo tipo de computadores super-rápidos baseados na física quântica.
"A computação quântica busca processar informação com velocidade várias ordens de grandeza acima daquela que computadores convencionais atingem, mas é importante lembrar que se trata de uma promessa tecnológica, que pode ou não dar certo no futuro", explica Olival Freire, físico e coordenador do Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Segundo ele, o maior mérito do trabalho está no fato de os cientistas terem revolucionado a física quântica ao demonstrar a observação direta de partículas quânticas individuais sem destruí-las.
Células-tronco - Já o japonês Shinya Yamanaka e o britânico John B. Gurdon foram anunciados como os vencedores do Prêmio Nobel de Medicina 2012 por conta de pesquisas com células-tronco.
Eles descobriram que células adultas podem ser "reprogramadas" para se tornar imaturas e pluripotentes. "Significa que são capazes de se especializar em qualquer órgão ou tecido corporal - como nervos, músculos, ossos e pele, o que é uma grande descoberta", diz Milena Soares, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
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