MEDIÇÃO DE TERRA

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MEDIÇÃO DE TERRAS

sábado, 6 de outubro de 2012

Haddad é a grande aposta política de Lula nas eleições


Folha Vitória
Agência Estado
Redação Folha Vitória
São Paulo - Inspirado na vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial de 2010, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não hesitou em ignorar lideranças do PT para indicar o seu afilhado político Fernando Haddad para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Convencido de que era preciso investir num perfil novo, livre de rejeição do eleitorado do paulistano, Lula apostou todas as suas fichas no ex-ministro da Educação. A partir da aposta de Lula, surgiu no PT "o homem novo para um tempo novo", capaz de enfrentar o tucano José Serra, rotulado pelo ex-presidente de "político de ontem com ideias de anteontem".

As primeiras conversas sobre uma possível indicação de Haddad surgiram no final do mandato de Lula, em 2010, quando Haddad manifestou o desejo de deixar o governo e voltar para São Paulo. "Essa ideia (de se candidatar) veio à tona no começo de 2011, quando o ex-presidente me disse: 'Você está querendo sair do Ministério da Educação e eu entendo que você deveria considerar a hipótese de concorrer a um cargo majoritário", contou o então ministro à Agência Estado, a um mês de deixar o MEC.

Para convencer o partido de que Haddad seria o melhor nome, Lula conseguiu inviabilizar as prévias para a escolha do candidato em São Paulo e driblar a então senadora Marta Suplicy, que pretendia voltar a ocupar o cargo perdido para José Serra em 2004.

Ungido por Lula, Haddad tentou construir uma aliança com os partidos da base do governo federal, mas só conseguiu fechar apoios com a intervenção direta do ex-presidente. A necessidade de garantir tempo suficiente de TV para apresentá-lo ao eleitorado fez com que Haddad se aliasse até ao PP do deputado federal Paulo Maluf, um adversário histórico do PT paulista. A foto da oficialização da aliança, com Lula, Haddad e Maluf nos jardins de sua casa, causou ojeriza na vice de chapa, a deputada federal Luiza Erundina (PSB) que, dias após se lançar na campanha, anunciou sua saída. Com o PCdoB na chapa, coube ao partido indicar Nádia Campeão para substituir a deputada.

Durante a campanha eleitoral, Haddad mostrou a face do jovem letrado de 49 anos, formado em Direito pela Universidade de São Paulo (USP), com mestrado em Economia e doutorado em Filosofia, marido de Ana Estela e pai de dois filhos. Apesar de sua inexperiência nas urnas, a campanha se esforçou para mostrá-lo como "o candidato de Dilma e Lula", o "candidato da mudança" que se opõe aos "prefeitos de meio mandato", expressão usada para se referir à saída de José Serra da Prefeitura em 2006 para concorrer ao governo estadual e ao envolvimento de Kassab na criação do PSD, o qual o acusou de ter "abandonado" a cidade.

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