MEDIÇÃO DE TERRA

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domingo, 7 de outubro de 2012

Empresas inflacionam folha salarial para reter talentos


Joana Oliveira ATARDE

  • Marco Aurélio Martins | Ag. A Tarde
    Jovens profissionais como Diego Frois, 24, apostam em trabalhos desafiadores
A procura pela ocupação de postos de trabalho não é uma realidade exclusiva de profissionais desempregados. Segundo um levantamento realizado pela Page Personnel, empresa de recrutamento e suporte à gestão, as empresas brasileiras têm acirrado a competição por jovens talentos e chegaram a inflacionar suas folhas de pagamento, em até 88%, para recrutar e reter funcionários.
As empresas analisadas no estudo se localizam no eixo Rio-São Paulo, mas Danilo Castro, porta-voz da Page Personnel, afirma que a situação se repete em todas as regiões do País. "A abertura de mais empresas de consultoria em Recursos Humanos, sobretudo no Norte e Nordeste, por exemplo, são uma resposta à necessidade empresarial de recrutar profissionais capacitados", explica.

Treinamentos - A Pesquisa Tendências e Indicadores de Recursos Humanos, realizada pela consultoria Deloitte e publicada em julho deste ano,  revela os números desse panorama: 88% das 91 empresas ouvidas pretendem aumentar o orçamento para investimento em RH. Além disso, 69% do empresariado planeja gastar mais com treinamentos de equipe e 45% prevê aumentos salariais.
Na Bahia, segundo Ricardo Teixeira, sócio da Deloitte, as empresas passaram a se preocupar com esses aspectos a partir de 2010, quando multinacionais chegaram ao Estado. "Para competir com as maiores, as empresas locais trocaram o 'Departamento Pessoal' pelo RH estratégico e passaram a oferecer benefícios como participação nos lucros e resultados, pacotes de assistência de saúde, seguro de vida e salários maiores", explica.
Teixeira ressalta, no entanto, que, para os jovens profissionais, os benefícios mais atrativos são os subsídios para treinamentos e especializações técnicas. "Remuneração estratégica vai além de dinheiro. Em um estudo que fizemos com jovens no mercado de trabalho, eles citaram como principal elemento motivador a oportunidade de  desenvolver um trabalho desafiador e interessante", afirma.
Diego Frois, consultor sênior da Deloitte, aos 24 anos, concorda: "Os melhores trabalhos não são necessariamente os que geram melhores resultados ou mais lucro, mas os mais desafiadores. Entrei na empresa aos 19 anos e logo fui exposto a situações complexas, o que ajudou no meu desenvolvimento técnico", conta.

Em sua curta, porém já bem-sucedida carreira, o jovem ressalta a importância do contato com a liderança no seu crescimento profissional.  "O contato direto com os sócios e demais lideranças da empresa é fundamental para a formação técnica de um jovem. É muito motivador ter liberdade de participar de discussões e poder sugerir novos negócios, por exemplo", afirma.

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